Paola Oliveira
O fim de semana em Teresópolis foi de muitas chuvas, prejudicando ainda mais as ruas do município, que vem sofrendo com a grande quantidade de buracos. Na manhã desta segunda-feira (02), moradores do Segundo Distrito do município também tiveram prejuízo nesse sentido e enfrentaram um contratempo ao sair para o trabalho e escola por conta de afundamento de parte de uma das cabeceiras da ponte do Holliday.
Entre os prejudicados, dois ônibus, das viações Dedo de Deus e Primeiro de Março, tiveram que interromper o trajeto na primeira viagem da manhã, às 06h, sem concluir a rota, e deixar os passageiros na cabeceira da ponte. Segundo apurado no local, os motoristas não forçaram a passagem dos veículos com receio do asfalto ceder com o peso dos carros, podendo acontecer grave acidente. Dessa forma, eles permaneceram estacionados na rua até o caminho ser liberado e os passageiros tiveram que descer e continuar a viagem a pé, debaixo de chuva, até a pista da BR-116, para então pegar outra condução. Por volta das 10h da manhã, a Secretaria de Obras chegou ao local e isolou a área para realizar o trabalho de recuperação da via.
Em 2011, com as fortes chuvas da Tragédia de 12 de Janeiro, a ponte a localidade do Holliday, que dá acesso também a Santa Rita, Fazenda Alpina e Arrieiro, sofreu uma interdição por conta das duas cabeceiras terem sido afetadas ao serem arrastadas pelo Rio Paquequer. Com a cabeça d’água que atingiu a serra na semana passada, e com as chuvas previstas para esse mês de março e também de abril, os moradores temem que a situação se repita, prejudicando a rotina de todos. Sem a ponte é preciso fazer um caminho muito mais longo passando pelo Cruzeiro ou pela Posse para chegar à região central do município.
Depoimentos
Através da página do jornal O Diário na rede social Facebook, moradores da região denunciaram o descaso em relação a manutenção da ponte e outros problemas. “Surreal o que acontece aqui! Vocês estão vendo o ‘hoje’, nós vivenciamos isso todos os dias! As crianças acordam cedo (antes das 6h) se arrumam e ficam esperando a van ou o ônibus para ir para escola é uma incógnita, ‘ele vem ou não’?”, pontua a internauta Roberta Neves.
“Este problema era previsível! A ausência de manutenção dessa estrada e outras do interior é uma realidade. O poder público tem que fazer um Plano de Ação emergencial, definindo as prioridades. O direito de ir e vir com segurança da população é básico e essencial”, reforça Domingos Pereira. “Há muitas coisas que precisam ser feitas, mas antes é necessário que se defina o que é prioridade. E prioridade será sempre o que apresenta risco para a população. No caso do interior, onde não há manutenção regular em estradas, iluminação e poda de árvores. A população está literalmente abandonada”, ressalta Claudine Soares. “Muita chuva no mês todo de fevereiro, que foi o mês mais chuvoso nos últimos 24 anos. E março continua chovendo. O resultado, buracos para todo o lado”, reforça o internauta Moacir Veiga.
Além da lama e do buraco, a população ainda teve que lidar com o aumento da passagem, que sofreu alteração no último domingo (01), passando de R$ 4 para R$ 4,40. “Um absurdo! A passagem aumentou e as pessoas não têm ônibus e as ruas cheias de buracos. Como sempre, só promessa. As eleições estão chegando! Pense bem antes de votar”, concluiu a internauta Fabiana Carvalho, alertando sobre a importância do voto consciente.
