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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Moradores denunciam lâmpadas acesas dia e noite pelos bairros

Para população, com aumento astronômico mantido em liminar na Justiça, taxa de iluminação pública não se justifica

Anderson Duarte

Os problemas envolvendo falta de iluminação em Teresópolis são recorrentes em quase todo o município, como amplamente mostrado por O DIÁRIO, mas com a série de descasos e aumentos astronômicos na parte que cabe a administração municipal, surge na população um sentimento de revolta mesclado com a necessidade de registro dos casos de desrespeito com a qualidade do serviço prestado na cidade. Além da sensação de insegurança que aumenta quando as vias estão escuras, o que mais se registra em termos de reclamações populares, também emerge o problema oposto, ou seja, os inúmeros postes de luz que ficam ligados vinte e quatro horas por dia. O desperdício foi apontado por uma série de usuários das redes sociais do DIÁRIO e em diversos pontos do município. E a pergunta é: quem paga essa conta?
Como o assunto iluminação pública e os seus inúmeros meandros é um assunto quase proibido na máquina administrativa e ninguém sabe quanto se arrecada, como é gasto esse recurso, ou como os valores são empregados e em que, cabe a população externar a revolta de ter contas com taxas reajustadas em quase quinhentos por cento, mas não podendo contar com o serviço, seja pela ausência, seja pelo excesso, como nos casos mostrados nesta semana. Diversos telespectadores, motivados pelo aumento sensível em suas contas de luz enviaram a nossa redação flagrantes deste tipo de desrespeito com o erário. “Tem sido uma constante, tenho observado vários postes na Várzea e na Tijuca, onde passo sempre, nesta situação. Desperdício de energia e possibilidade de queima prematura das lâmpadas, sem contar que não sabemos quem paga essa conta”, lamenta o morador da Tijuca que gravou diversos vídeos no caminho a pé para casa.
O quadro Diário Comunidade, sempre registrou muitas reclamações envolvendo iluminação pública, mas hoje, a demanda é a mais registrada, à frente inclusive dos buracos em vias públicas, quase uma unanimidade até então. Muitos moradores relatam que tanto a falta de lâmpadas quanto os postes que ficam com a luz acesa durante o dia são problemas que prejudicam a população. “Se a luz fica acesa vinte e quatro horas por dia está gastando energia de forma desnecessária e, se os postes ficam sem iluminação, as pessoas não têm segurança nenhuma para andar pelas ruas, mas o pior é saber que tem gente recebendo conta com aumento de mais de quinhentos por cento na CIP, isso é mesmo revoltante”, lamenta o morador do bairro do Alto.
Segundo o poder público, as principais demandas relacionadas à iluminação pública se referem a luminárias apagadas ou permanentemente acesas, falta de lâmpadas, fio exposto, poste danificado e choque elétrico. Como as lâmpadas de postes públicos que ficam acesas durante dias inteiros são dificilmente percebidas pela população em geral, o inverso normalmente aparece mais entre as demandas para reparo. O problema também é perceptível pela grande quantidade de moções na Câmara que versam sobre o assunto. Esse é um defeito que até parece insignificante, mas somado às dezenas e centenas, acabam representando um gasto significante de recursos públicos, sobretudo em praças e avenidas. O consumo médio de um poste vai depender da lâmpada instalada, se for de 250 watts e do tipo que mais gasta, acesa por um período de 12 horas, o consumo médio é de 3 kWh. Ficando ligada por 24 horas, o consumo dobra. A ligação e o desligamento das lâmpadas podem ser feita por timer ou fotosensor, mas a causa para o problema pode ser que por alguma alteração de tensão, pode ter queimado o sensor, a corrente elétrica passa e a luz fica acesa, segundo explica um engenheiro consultado pela reportagem.

O desperdício foi apontado por uma série de usuários das redes sociais do DIÁRIO e em diversos pontos do município. E a pergunta é: quem paga essa conta?

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Edição 23/11/2024
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