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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Moradores do Castelinho pedem urgência na demolição de casa

Residentes temem que a estrutura desabe a qualquer momento e cause uma tragédia

Isla Gomes

Os moradores do bairro Castelinho, mas especificamente da Rua Maria José Ferreira Duarte estão descontentes com a situação da casa número 70 dessa rua, que segundo eles “foi mal construída e recentemente abandonada pelos próprios moradores”, que teriam ficado com medo após sinais de um possível desabamento, depois da forte tempestade que assolou o município de Teresópolis no dia 31 de outubro. Eles estão cobrando das autoridades a demolição urgente da estrutura, pois os residentes no bairro convivem com o medo diário de que a residência, cada vez mais deteriorada, venha a ruir, causando uma tragédia, já que há moradias vizinhas ocupadas.

Os moradores do bairro Castelinho, mas especificamente da Rua Maria José Ferreira Duarte estão descontentes com a situação da casa número 70. Foto: Isla Gomes/O Diário


Nesta terça-feira, dia 14, a equipe da Diário TV e do jornal O Diário esteve no local e conversou com alguns moradores, é o caso da Tais Ferreira, que tem um irmão mais novo que está na casa de amigos e isso está atrapalhando até mesmo os estudos do menino. “Estamos muito preocupados de ficar dentro de casa, temos muito medo de essa casa cair, meu irmão nem está ficando aqui esses últimos dias, ele está no Fischer e está sem estudar por conta dessa situação toda, nós queremos que a casa seja destruída de uma vez, só assim teremos paz”, explica a estudante.

“Eu, minha cunhada e meu irmão trabalhamos de em casa e já tem 15 dias que não estamos ficando aqui por medo, tive que recusar encomendas do meu trabalho”, ressalta Alessandra. Foto: Isla Gomes/O Diário


Dona Marilene sofre com medo em dobro, pois, tanto a sua casa quanto a da sua filha estão na direção do imóvel em questão. “Ficamos constantemente com medo, principalmente no caso se chover e isso ocasionar o desabamento dessa casa em cima das nossas moradias, a minha casa e a casa da minha filha ficam na direção dessa estrutura, ou seja, o receio é dobrado para mim. Nós não temos para onde ir, então ficamos dentro de casa com essa agonia de que se ela desabar a gente pode até morrer, é uma situação horrível”, relata Marilene, do lar.
Outra moradora que está tendo diversos transtornos neste âmbito nos conta que teve que cancelar encomendas de trabalho por estar com medo de ficar em casa. “A gente fica na expectativa, todos os dias a gente vem olhar a casa para ver se as autoridades começaram o processo para derrubar, é muito difícil, pois eu, minha cunhada e meu irmão trabalhamos de em casa e já tem 15 dias que não estamos ficando em casa por medo, com isso tive que recusar encomendas do meu trabalho, então estamos vivendo essa luta diária. Nesta terça-feira (14) o coronel da Defesa Civil nos comunicou que eles irão iniciar o processo então novamente acendeu uma esperança de que esse problema acabe, vamos ver”, desabafa Alessandra Ferreira, confeiteira.

“Conseguimos uma parceria que vai ceder uma máquina escavadeira de esteira, ela tem uma lança com capacidade de alcançar o imóvel e fazer a demolição”, conclui o Coronel Albert. Foto: Isla Gomes/O Diário

O que diz a Defesa Civil
O secretário municipal de Defesa Civil de Teresópolis, Coronel Albert Andrade, esclareceu ao Diário quais medidas serão tomadas. “Nós estamos aqui desde o dia 31. Essa foi nossa terceira ocorrência do dia 31 quando teve a forte chuva, e neste dia nossa equipe se prontificou e tirou os moradores do local imediatamente. Desde então, nós fechamos a rua para evitar o acesso ao local e diminuir a trepidação, e estamos monitorando. Nós conseguimos fazer o escoramento da estrutura, pois não tínhamos segurança para começar a trabalhar, definimos então que iríamos começar o trabalho de demolição, demos inicio às atividades de demolição manualmente, mas observamos que devido a vibração a estrutura começou a trabalhar novamente, com isso nós recuamos, pois só tem um local de saída na casa, então nossas equipes acabavam ficando em risco de trabalhar dentro da construção manualmente, mas agora conseguimos uma parceria que vai ceder uma máquina escavadeira de esteira para a gente, que tem uma lança que tem capacidade de alcançar o imóvel e fazer a demolição de uma forma segura para todos”, explicou.

“Meu irmão nem está ficando aqui esses últimos dias, ele está no Fischer e está sem estudar por conta dessa situação”, conta Tais. Foto: Isla Gomes/O Diário

Prazo
De acordo com a Defesa Civil o prazo para o processo de demolição ser realizado e concluído é, a princípio, de uma semana. “O responsável pela empresa combinou de vir ainda nesta terça (14) para avaliar qual tipo de maquinário que consegue acessar aqui na região, pois essa máquina geralmente vem em uma prancha e depois ela é liberada para vir de esteira subindo até aqui, então acreditamos que depois que essa avaliação for realizada, essa máquina vai chegar e terminar todo esse serviço até o final dessa semana, sexta-feira (17), é isso que esperamos que aconteça”, conclui o secretário.

“A minha casa e a casa da minha filha ficam na direção dessa estrutura, ou seja, o receio é dobrado para mim”, relata Marilene. Foto: Isla Gomes/O Diário

Edição 18/10/2024
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