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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Moradores do Parque do Ingá sofrem com excesso de cloro na água

Há relatos de danos em roupas, animais mortos e problemas de saúde devido a situação

Luiz Bandeira

Nesta quinta-feira, 28, moradores do bairro Parque do Ingá recorreram ao jornal O Diário e Diário TV para queixarem-se da qualidade da água que está sendo fornecida pela Cedae às residências do bairro. As reclamações são pelo alto nível de cloro aplicado pela empresa e das consequências do consumo dessa água, para os animais de estimação e para uso doméstico, como banho e lavar roupas. Os relatos preocupam. Segundo Rachel Isaías, tal situação chegou a provocar a morte de quatro carpas que ela criava em um lago na sua casa. “Nós tivemos um incidente, nós criamos carpas e ao encher o lago, mesmo colocando o protetor que chama água safe, que retira o cloro da água morreram umas quatro carpas e uns três japoneses. Quando eu percebi que eles estavam com dificuldade aí eu fui e coloquei mais do anticloro, ou seja, isso era um indício pra gente de que o cloro estava vindo de um nível altíssimo”, relata a moradora do Parque do Ingá, que revelou ainda que também tem cães e que seus animais não consomem a água por conta do forte cheiro de cloro, obrigando ela a fornecer a eles água captada na Fonte Judith. “Eu estou comprando água mineral para beber e buscando água na Fonte Judith pra dar pros animais, porque nem os cães estão bebendo a água, eles chegam cheiram, sentem um cheiro esquisito, que deve ser do cloro e recusam a água, então estou tendo que buscar na fonte para os animais”.
Rachel fez, nas frentes das câmeras da Diário TV, um teste com um produto químico específico para detecção de cloro, para provar o quê está denunciando e a mostra com água que sai da torneira rapidamente fica na cor vermelha em um tom bem vivo, enquanto que o mesmo teste feito com água da colhida na fonte não mudou de cor. A moradora relatou ainda quando se deu conta do problema. “No final do ano passado começaram a manchar algumas roupas, todas na verdade, principalmente as escuras, as pretas, as azuis elas apresentavam manchas localizadas ou uma descoloração geral. Aí eu inicialmente pensei em trocar o meu filtro, eu tenho um filtro na entrada da cisterna da minha casa, ele é de carvão ativado, que é o que tira cloro. Troquei o filtro não resolveu. Fizemos o teste na torneira e vimos que está em um nível inapto para consumo. Já fizemos várias reclamações a Cedae, a empresa diz que em 48 horas viriam aqui para coletar e testar a água e até agora nada. As primeiras reclamações já têm dois meses que eu fiz na Cedae”, denuncia Rachel.

Mais relatos
Outros moradores do bairro também manifestaram a preocupação com a utilização de tanto cloro pela companhia que fornece água em Teresópolis. “O problema com o cloro começou no final do ano e eu só fui perceber após conversar com as vizinhas porque eu achei que era um problema com o sabão. Conversando eu vi que não era um problema só meu, aí fomos testar o nível de cloro e vimos que estava altíssimo. Eu já estava apresentando problemas respiratórios, no cabelo e na pele muito ressecados. Por que eu tenho uma questão de imunidade e isso prejudicou muito, além disso, todas as roupas escuras foram danificadas, todas, todas”, relatou a moradora Silvana Barros.
Ouvimos também dos moradores que quando a água é aquecida para o banho o vapor da água muito clorada vem causando irritação nos olhos, garganta, erupções na pele e até náuseas em crianças. Nesta quinta-feira, 28, entramos em contato com a Assessoria de Comunicação da Cedae para tentar um posicionamento da concessionária sobre as denúncias. Porém, até o fechamento dessa matéria não obtivemos respostas aos questionamentos feitos.

Assista a entrevista com os moradores pelo nosso canal do Youtube:

Edição 22/11/2024
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