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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Pandemia atrapalha diagnóstico de diversas doenças, entre elas as neoplasias

Mastologista do Hospital São José alerta para a prevenção do câncer de mama e aumento do número de casos
 
A pandemia da Covid-19 gerou um atraso no processo de diagnóstico de diversas doenças, em especial, as neoplasias em geral. A necessidade do isolamento social e o medo da contaminação pelo novo coronavírus fez com que muitas pessoas, mesmo sintomáticas, deixassem de procurar seus médicos para avaliação médica e realização de procedimentos diagnósticos (biópsias). Por conta disso, o Dr. Carlos Frederico de Freitas Lima, responsável pelo setor de Mastologia do Hospital São José, faz um alerta em relação à prevenção, principalmente, do câncer de mama. Apontado como a neoplasia mais incidente em mulheres em todo o mundo (dados da GloboCan 2018), o câncer de mama é hoje um relevante problema de saúde pública. Foram estimados 2,1 milhões de casos novos da patologia e 627 mil óbitos pela doença. No Brasil, estimam-se 66.280 novos casos para cada ano do triênio 2020 – 2022.
Segundo o Dr. Carlos Frederico, a situação do diagnóstico precoce, que é altamente determinante no resultado do tratamento e já estava aquém do ideal antes do início da pandemia, certamente trará uma grave consequência, como o retardamento de diagnósticos e o início de tratamentos. "Quando diagnosticado precocemente, o câncer de mama tem maiores chances de cura, além da possibilidade de ser tratado de forma mais simples e com efeitos secundários menores, resultando também em menor necessidade de quimioterapia", acrescenta ele.
Existem sólidas evidências de que o diagnóstico precoce é o principal determinante nos resultados do controle da doença. Em populações que os índices de diagnóstico precoce são altos, as taxas de mortalidade são consequentemente baixas, além de existir uma menor morbidade e a um custo mais baixo. Nos EUA, a maioria dos casos (65%) são diagnosticados precocemente, com doença localizada e com alto potencial de cura. Contrariamente no Brasil, a doença é diagnosticada em fase mais tardia, com somente 20% dos casos no estágio I.
Diante de números expressivos, Dr. Carlos faz um alerta às mulheres. "Quanto mais cedo um tumor é detectado e iniciado seu tratamento, maiores são as chances de cura. Um tumor detectado em seu estágio mais inicial (estágio 0), tem chance de cura de cerca de 98% em 10 anos. Portanto, é de fundamental importância que as mulheres não deixem de realizar o exame de mamografia uma vez/ano a partir dos 40 anos. É muito importante esse acompanhamento", afirma ele.
 
 
 
 
 
 

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Edição 28/11/2024
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