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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Para 74% dos passageiros, ônibus enfrenta muito congestionamento em Teresópolis

Dado foi apresentado no 1° Fórum de Mobilidade Urbana da cidade e faz parte da recente pesquisa realizada com usuários do transporte público

O 1° Fórum de Mobilidade Urbana de Teresópolis, realizado ontem na Feso, trouxe os resultados da última pesquisa de satisfação dos usuários com o sistema de transporte coletivo da cidade e revelou muitos desafios que o município precisará enfrentar para melhorar os deslocamentos das pessoas pela cidade.
Entre os principais pontos apresentados pela WRI Brasil, instituto responsável pelo levantamento, está a insatisfação dos passageiros de ônibus com o trânsito da cidade. Para 74% dos usuários entrevistados, os coletivos enfrentam muitos congestionamentos e o tempo médio gasto com deslocamentos no transporte público na cidade chega a 1hora e 17 minutos por dia. Outro dado importante é que 48,5% dos usuários já trocaram o ônibus por carros de aplicativo devido ao tempo de viagem.
Além das reclamações sobre o impacto do trânsito, as piores notas de satisfação da pesquisa foram destinadas a falta de conforto nos pontos e terminais de ônibus e a alta exposição ao ruído e a poluição. Em contrapartida, o atendimento dos motoristas de ônibus e a sensação de segurança em relação a acidentes de trânsito e segurança pública ao utilizar o transporte coletivo, foram os itens mais elogiados pelos passageiros.
Para o analista da WRI, Henrique Cabral, que apresentou os resultados do levantamento em um dos painéis do fórum, as pesquisas são fundamentais para entender essas percepções dos clientes e buscar soluções adequadas para o transporte coletivo.

A mesa redonda contou com a participação de cinco especialistas


Situação no Brasil e no Rio
Apesar de não estar entre os três pontos mais negativos apontados pelos passageiros, o gasto com transporte e a disponibilidade de horários são itens de insatisfação de quem utiliza o ônibus na cidade. A situação em Teresópolis é semelhante a realidade nacional e, de acordo com diretora de Mobilidade Urbana da Semove, Richele Cabral, ela vem sendo enfrentada por parte dos municípios brasileiros com a adoção de subsídios para reduzir o preço da passagem e cobrir por completo os custos da operação dos ônibus. A especialista lembrou ainda que mais de 230 municípios já subsidiam com algum percentual seus sistemas de ônibus. “São importantes políticas públicas que geram uma tarifa menor para o usuário”.
A importância da transparência dos dados entre as empresas de ônibus e as prefeituras para melhorar a mobilidade urbana do cidadão foi destacado por Paula Leopoldina, gerente de Mobilidade Urbana da Rio Ônibus, sindicato que representa as empresas de ônibus na capital carioca. Segundo ela, a queda do número de passageiros e o aumento dos custos para se manter o sistema de ônibus depois da pandemia, levou a prefeitura carioca a um acordo com as empresas operadoras sobre a necessidade do subsídio público por quilômetro rodado ao sistema, garantindo tarifas mais baixas ao passageiro e retorno da capacidade de investimento do setor.
Já o Subsecretário de Mobilidade Urbana da Secretaria de Mobilidade Urbana e Infraestrutura do Estado do Espírito Santo, Leo Cruz, trouxe exemplos de boas práticas e obras de mobilidade adotadas na Grande Vitória e destacou o conceito de mobilidade humana, pensado para as pessoas. Cruz ainda falou sobre a coragem que o gestor público precisa ter para implementar as mudanças necessárias, que pode desagradar uma parte da sociedade, mas beneficia a maioria, e criticou a concessão de benefícios gratuitos no transporte sem critério. “Deve-se ter um equilíbrio sobre as gratuidades. Se não, teremos o caso do pobre financiando o rico”, afirmou o subsecretário alertando para o fato dos benefícios serem concedidos realmente a quem precisa.

Abertura do fórum com a diretora de Mobilidade Urbana da Semove. Richele Cabral

Na última parte do fórum, a mesa redonda com os especialistas, comandada pelo professor da Coppe/UFRJ, Glaydston Ribeiro, debateu pontos críticos apontados na pesquisa com os usuários do transporte público como os congestionamentos, sendo as faixas exclusivas para os ônibus uma solução apontada para combater esse item e melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Outro ponto do debate foi a possibilidade da adoção da tarifa zero em Teresópolis. Todos os especialistas concordaram que o custo de um programa com essa grandeza na cidade teria alto impacto no orçamento e que o caminho mais palpável é subsidiar a tarifa, reduzindo o preço da passagem dentro de um orçamento viável para a cidade.

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Edição 27/09/2024
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