Temporariamente, não haverá cobrança de ingressos para acesso ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Isso porque terminou no último sábado, 31, o contrato de concessão da empresa Hope, responsável pela portaria da unidade de conservação ambiental, e, apesar de já saber que tal prestação de serviço seria findada nessa data, o governo federal não realizou novo processo licitatório. Para não deixar de receber o público, o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) está assumindo a operação da visitação com a contratação de 36 agentes temporários ambientais de apoio ao uso público com início em agosto e com a adoção de medidas de maior controle de acesso e ordenamento da visitação, mas ainda está em desenvolvimento um sistema informatizado para possibilitar o agendamento das visitas. Até que a situação seja normalizada, o acesso será feito gratuitamente, mas com controle nas três portarias do Parnaso – Teresópolis, Petrópolis e Guapimirim. “ A oferta de novos serviços de apoio à visitação ocorrerá ainda em 2021, buscando o incremento de oportunidades de lazer, recreação e conexão com a natureza, neste que é um dos mais belos Parques Nacionais do Brasil”, divulgou o Parnaso através das redes sociais.
O pernoite continua suspenso, mas com previsão de retorno em breve. Também não está sendo permitida a realização da Travessia Petrópolis x Teresópolis. A entrada para qualquer atrativo é a partir das 7h, sendo 10h o limite para o acesso da parte alta, com saída preferencialmente antes das 18h. Importante destacar ainda que há limite de 100 pessoas por dia, no caso da parte alta, para as duas sedes com acesso às montanhas. No caso da parte baixa do Parnaso, são 500/dia, sendo liberadas 300 para Petrópolis e outras 300 para a sede Guapimirim. Para as montanhas acessadas pela Rio-Teresópolis (Escalavrado, Dedo de Nossa Senhora, Dedo de Deus e Cabeça de Peixe), também há limitação. São 40 vagas/dia para a primeira e 12 pessoas em cada uma das outras três.
Mais sobre o Parque
Criado em 30 de novembro de 1939, o Parnaso é o terceiro parque mais antigo do país, representando um importante marco na história das Unidades de Conservação Brasileiras. É um dos melhores locais do país para a prática de esportes de montanha, como escalada, caminhada, rapel e outros; além de ter fantásticas cachoeiras. O Parque tem a maior rede de trilhas do Brasil. São mais de 200 quilômetros de trilhas em todos os níveis de dificuldade: desde a trilha suspensa, acessível até a cadeirantes, até a pesada Travessia Petrópolis-Teresópolis, com 30 Km de subidas e descidas pela parte alta das montanhas. Entre as escaladas destacam-se o Dedo de Deus, considerado o marco inicial da escalada no país, e a Agulha do Diabo, escolhida uma das 15 melhores escaladas em rocha do mundo. Foi criado em 1939 para proteger a excepcional paisagem e a biodiversidade deste trecho da Serra do Mar na Região Serrana do Rio de Janeiro. São 20.024 hectares protegidos nos municípios de Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim. O Parque abriga mais de 2.800 espécies de plantas catalogadas pela ciência, 462 espécies de aves, 105 de mamíferos, 103 de anfíbios e 83 de répteis, incluindo 130 animais ameaçados de extinção e muitas espécies endêmicas (que só ocorrem neste local).