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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Parque Montanhas de Teresópolis realiza soltura de Gato-mourisco

Espécie de felino ameaçada de extinção havia sido atropelada, foi tratada e liberada para a natureza

Um Gato-mourisco ou Jaguarundi, espécie ameaçada de extinção, foi devolvido à natureza em área do Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis (PNMMT). A ação ocorreu no final do mês de outubro e foi realizada em parceria com o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), unidade do IBAMA em Seropédica, no Rio de Janeiro. A liberação só foi possível devido ao parque estar cadastrado como área ambientalmente adequada para soltura de animais silvestres. Com um histórico de atropelamento, o felino foi acolhido pelo CETAS, onde passou por uma cirurgia ortopédica. Após a recuperação, o animal ficou em observação pela equipe do setor de pesquisa e biodiversidade do PNMMT e acabou retornando com sucesso ao habitat natural. “Esse animal é reflexo de muitos outros que são submetidos aos perigos das rodovias e veículos de alta velocidade devido à perda de habitat. Mesmo passado por um processo cirúrgico e pós-cirúrgico, ele apresentou todas as características de um animal silvestre saudável pronto para cumprir seu papel na natureza”, aponta o coordenador de Pesquisa e Biodiversidade do Parque Municipal, Biólogo Vinícius Dias Netto.
O chefe do Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis destaca que um dos principais objetivos da unidade é promover a conservação das espécies da Mata Atlântica, garantindo proteção e refúgio de espécies em seu meio natural. “Para isto, realizamos parcerias, pesquisas e monitoramento, a fim de garantir a produção de conhecimento e retorno para a sociedade. Assim, conseguimos dar novas oportunidades de soltura de animais silvestres que estariam condenados a uma vida de cativeiro, devolvendo-os para a natureza e continuando com sua função ecológica”, conclui o Biólogo Vitor Cunha.

Após a recuperação, o animal ficou em observação pela equipe do setor de pesquisa e biodiversidade do PNMMT e acabou retornando com sucesso ao habitat natural. Foto: Vinicius Dias Netto/PNMMT

Onças e outros animais
Entrevistado da semana passada pelo “Mochileiro Podcast”, apresentado por Marcello Medeiros na Diário TV, o Biólogo e Subchefe do Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis, Ricardo Mello, falou sobre fauna e conservação ambiental, destacando diversos temas fundamentais para a continuidade de diversas espécies e manutenção da qualidade de vida da população. Entre os tópicos, um que chama atenção sempre que alguém vídeo sobre esse animal ganha as redes sócias: as onças! Também conhecido como Sussuarana ou ainda Leão da Montanha, o Puma concolor é o maior felino presente hoje na Mata Atlântica e desperta sempre um misto de medo e admiração. Aliás, sobre o risco que muita gente acha que tem se cruzar com um deles em uma trilha ou no quintal de casa, Ricardo deixou claro que não existe perigo.
“Eles são animais que andam na maior parte do tempo no horário noturno, noite e madrugada à dentro. Além disso, é um animal que evita contato com o ser humano ao máximo. Por experiência própria, fazendo trabalhos de monitoramento noturno, de levantamento de fauna, procuramos as onças, isso tendo rastro, pegadas, o horário que ela teoricamente costuma passar, e nunca conseguimos encontrar nenhuma. Ela sente nosso cheiro, escuta chegando, e evita passar perto. Então, a chance de ser premiado, de encontrar uma onça, é mínima”, enfatizou, completando que “não há nenhum risco, pois ela tem o hábito de evitar o contato com o homem”. Ricardo pontuou também que “no Brasil não tem nenhum registro de ataque a seres humanos. Quando ela passa perto, é sempre fugindo. Além disso, somos basicamente do tamanho dela, que chega em torno de 70 quilos e portanto se alimenta de animais menores”.
Ainda na entrevista, o Biólogo fala como se portar caso a pessoa seja premiada com esse encontro e também sobre outros animais da região, como o flagrante feito recentemente de um coelho silvestre, o Tapeti. O “Mochileiro Podcast” esclareceu ainda uma dúvida de muita gente, o motivo de não ser permitido acessar unidades de conservação com animais domésticos. O programa, na íntegra, está no canal da Diário do TV no YouTube ( https://encr.pw/CMNVS ).

A liberação só foi possível devido ao parque estar cadastrado como área ambientalmente adequada para soltura de animais silvestres. Foto: Vinicius Dias Netto/PNMMT
Edição 18/05/2024
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