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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Parque Montanhas, um convite para iniciar no montanhismo

Sede Tartaruga da unidade de conservação oferece trilhas curtas e de fácil orientação

Teresópolis é a Capital Nacional do Montanhismo, mas grande parcela da população não conhece ou valoriza as belezas naturais que permitem a prática desse esporte. “É difícil”. “Não consigo”. “É perigoso”. Com essas e outras ideias em mente, muita gente deixa de vivenciar experiências únicas nas montanhas da região, cobiçadas aliás por montanhistas de todo o país e até do exterior. Uma dica para quem ainda não se ‘aventurou’ nesse maravilhoso esporte é a Sede Tartaruga do Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis, que oferece opções de trilhas curtas e de fácil orientação – ideais para quem está começando.
A trilha que leva até o cume, ou o ‘casco’ da Tartaruga é mais fácil de todos, com pouco mais de um quilômetro de extensão. O caminho é bem batido e sinalizado, permitindo ao seu final admirar a imponência de outras formações rochosas da região, na Serra dos Órgãos e Três Picos. E essa trilha, mesmo tão curtinha, pode inspirar a continuar caminhando pelo mesmo parque. Um pouco mais longa e com mais desnível, a Vidocq Casas leva até o mirante onde se a vista a montanha que dá nome ao parque de maneira única. Outra dica é pegar a trilha que leva até a ‘fuça’ do Camelo, que permite ver a Tartaruga e todo esse núcleo de cima.

Visual na trilha do Camelo, tendo abaixo o núcleo Tartaruga e ao fundo o Parque dos Três Picos. Foto: Acervo Mochileiro

Uma “nova” Tartaruga
Quem conhecer agora essa localidade ou esteve na Pedra da Tartaruga só recentemente, talvez não tenha ideia da importância do parque para a conservação ambiental e o turismo ecológico. Até meses antes da oficialização do PNMMT, em 06 de julho de 2009, grande parte daquela região sofria com a extração de pedras. Grandes campos abertos, barulho de talhadeiras e até explosões faziam parte desse caótico cenário, indicando que, se nada tivesse sido feito, provavelmente hoje a montanha símbolo estaria totalmente descaracterizada e, possivelmente, um novo bairro teria surgido entre Salaco e Córrego dos Príncipes.
Outro bom exemplo é em relação à maneira que o local era utilizado pelos frequentadores. Em agosto de 2008, quase um ano antes da criação da unidade de conservação, grupo do Centro Excursionista Teresopolitano (CET) realizou um mutirão de limpeza na Pedra da Tartaruga e retirou, somente nas proximidades do cume, três grandes sacos de lixo – sem contar os colchões velhos e outros objetos deixados erroneamente em ambiente natural. Hoje, após mais de uma década de muito trabalho, os cenários são totalmente diferentes. Os campos abertos nas antigas áreas de extração de pedras sucumbiram aos processos de sucessão ecológica, diminuiu drasticamente o volume de lixo deixado nas trilhas, mesmo com o aumento na visitação, e diversos animais têm sido vistos em toda a região.

Pedras da Tartaruga e Camelo, vistas a partir do mirante no final da trilha Vidocq Casas. Foto: Acervo Mochileiro

Seja responsável
Visitando essa ou qualquer outra unidade de conservação ambiental, uma regra deve ser aplicada: não deixe nada a não ser pegadas e não leve nada a não ser boas lembranças. Respeitar a natureza é respeitar nossas futuras gerações.

Mais sobre o parque
Com diversos atrativos, como caminhada, escalada, camping e rapel, o PNMMT tem 4.397 hectares, fazendo limite com o Serra dos Órgãos no bairro do Caleme e se estendendo até a localidade de Ponte Nova, no Segundo Distrito. Para chegar ao núcleo Pedra da Tartaruga, a referência é o bairro do Salaco, havendo placas indicando o caminho a partir da Estrada José Gomes da Costa Júnior, mais conhecida como Estrada da Posse. Para a sede Santa Rita, o principal acesso do parque é via BR-116. A referência é a localidade de Holliday, pouco depois do Fischer e cerca de um quilômetro antes do posto da PRF em Três Córregos. Saindo da rodovia federal, há placas indicando o caminho até Santa Rita. Depois de subir ao lado do Holliday, a estrada em declive leva até um antigo campo de futebol. Em seguida, basta seguir para a direita e, pouco depois, já se avista a portaria da unidade de conservação ambiental.

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Edição 02/08/2025
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