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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Passo a passo do dinheiro que sumiu no governo passado está sendo investigado

Em reunião com artistas do Forum, prefeito Leonardo Vasconcellos reafirma seu compromisso de brigar pela conquista de novos recursos para a Cultura

O prefeito Leonardo Vasconcellos recebeu grupo de artistas contemplados com a lei de incentivo Audir Blanc, na tarde desta quinta-feira, 23, ofício com as prioridades do Forum Municipal de Cultura, entre elas a manutenção dos recursos da Cultura no município, pedindo a ampliação dos prazos para a realização dos projetos e, ainda, a transparência no levantamento das informações junto ao Ministério e à própria Prefeitura sobre o dinheiro perdido pelo governo passado.

“O prefeito e o secretário demonstraram preocupação em manter o recurso nos próximos anos para o município e na visão principalmente do secretário, devido aos prazos, a melhor forma seria devolvendo a verba para o governo federal”, informou o Forum de Cultura em seus grupos de rede social. “Caso aconteça dessa forma a Prefeitura irá pagar juros e a investigação irá tentar responsabilizar o responsável por essa despesa extra ao município”, disse o prefeito. Segundo Leonardo, “pagar sem esse procedimento seria legitimar o crime da gestão passada”.

Acompanhando o prefeito na reunião pedida pelo vereador Diego Barbosa, o secretário Wanderley Peres, de Cultura, informou que foram perdidos prazos para a aplicação dos recursos no governo passado; que está em contato com o Ministério da Cultura para entender o imbróglio que foi mantido em sigilo pela administração passada, para engano dos artistas e do próprio Conselho de Cultura, que deveria ter pleno acesso às informações; e que não acredita em postergação de prazos para a execução dos projetos aprovados, por se tratar de um programa de governo, que tem prazos pré-estabelecidos para todos os municípios participantes. Wanderley ainda colocou a secretaria à disposição dos artistas e se comprometeu em dar transparência ao andamento da questão na secretaria, repassando para o Conselho e o Fórum de Cultura os pareceres que venham da Procuradoria ou do Minc.

“Desde antes da posse estamos buscando entender do assunto, e investigamos os procedimentos e as datas do processo, e estamos avaliando, também, os editais. O dinheiro chegou em dezembro do ano de 2023 e ficou parado na conta até agosto de 2024, quando foi sequestrado. Não vimos nenhuma reclamação na Justiça sobre esse sequestro, o que deveria ter sido feita, e as providências tomadas pela secretaria foram pró forma, no apagar das luzes do governo, em dezembro, quatro meses depois de terem aberto o edital quando não havia mais dinheiro, o que foi outra grande inconsequência”.

No mesmo tom, o prefeito lembrou que o sequestro do dinheiro da Cultura, ocorrido em agosto do ano passado, será avaliado pela Procuradoria Municipal, para que seja rastreado o dinheiro e seja feita a responsabilização dos envolvidos no erro administrativo. Disse, ainda, que o edital que contemplou os artistas não pode ser válido porque não é correto contratar um serviço sem que haja o recurso em caixa, o que levaria a anulação do edital, por isso caso haja possibilidade de manter a verba no município o correto seria lançar outro edital, avaliação que ainda precisa ser feita pelo setor responsável.

“Os recursos chegaram a Prefeitura em 19 de dezembro de 2023, e foram sequestrados em agosto de 2024, sem nenhuma providência por parte do Conselho Municipal de Políticas Culturais ou da Secretaria de Cultura, que poderiam ter revertido a decisão da Justiça, porque se tratava de recurso específico”, informou o secretário Wanderley aos conselheiros em reunião na última segunda-feira. “Ainda assim, mesmo sem ter mais o dinheiro, quase um ano depois, em outubro de 2024 a Prefeitura lançou edital de chamamento dos artistas, e dois meses depois, em dezembro, anunciou os contemplados com o dinheiro que não existia mais desde agosto, criando uma falsa expectativa de que o programa do governo federal seria cumprido. É de uma inconsequência muito grande isso, porque o não cumprimento do edital coloca em risco os recursos que poderão chegar à cidade para os próximos quatro anos, e tendo sido perdido o dinheiro pelo governo passado não há como realizar o edital e efetuar os pagamentos aos artistas, podendo mesmo a Cultura ficar fora da PNAB se não houver um grande esforço da Prefeitura em corrigir o erro cometido pelo governo passado”, concluiu.

Edição 28/01/2025
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