Marcus Wagner
Na última terça-feira, 3, a Câmara de Vereadores rejeitou por unanimidade a abertura de uma Comissão Processante contra o prefeito Vinícius Claussen e na ocasião o vereador Jaime Medeiros fez uma ampla defesa do Governo apontando benfeitorias que acabaram prontamente desmentidas. De acordo com Jaime, o atual prefeito teria assumido a prefeitura com atrasos de salários e sem veículos para a Saúde, mas em seguida foi repreendido por Pedro Gil que fez questão de lembrar ao colega que essa alegação não é verdade, pois deixou “a máquina em dia e funcionando”.
Para valorizar o trabalho do atual prefeito, o tenente Jaime, líder do Governo na Câmara, disse que “havia R$ 89 milhões de rombo, servidores desesperados com salários atrasados por três meses, sem dinheiro pra comprar remédio e nem comida e não tinha ambulância, então muita coisa foi feita”. Diante dessas alegações, Pedro Gil, que se tornou prefeito de Teresópolis após o afastamento de Tricano e permaneceu no cargo por três meses, pediu a palavra para esclarecer que na verdade a situação era bem diferente e que Vinícius Claussen assumiu o governo com a “casa já organizada”.
“Quando eu entrei na prefeitura eu peguei vários problemas, a gente já sabia que seria assim, mas quando saí eu deixei tudo em dia, pagava dentro do mês. Eu não concordei com o líder do governo, falei que era mentira o que ele falou. O povo e todos que acompanharam sabem disso, o próprio funcionário público sabe. Ele falou também que não tinha ambulância, mas isso também foi mentira porque deixei três ambulâncias novas através de emenda do deputado Hugo Leal que liberou ainda cinco carros para a Saúde. Só quero trazer a verdade, o que realmente aconteceu”, explicou Pedro Gil.
Logo em seu primeiro mandato, o vereador alcançou o posto de presidente da Câmara e diante de uma crise institucional do município acabou alçado a prefeito interino do município. Para ele, essa situação inesperada foi uma experiência bem sucedida graças a sua capacidade de administrar e principalmente pelo apoio de servidores e empresários.
Uma das primeiras ações de Pedro Gil quando como gestor do município foi cortar quase pela metade o número de secretarias, algo que o atual governo não seguiu: “A prefeitura tinha 21 secretarias e diminuí para 13 e gerou uma economia muito boa para ajudar o município”, explicou.
A receita de sua gestão para atingir os objetivos desse curto período foi apostar no simples e efetivo e essa é a convicção que permanece na cabeça de Pedro Gil diante dos desafios que o município ainda enfrenta: “O básico dá para resolver mais rápido, não dá para inventar e prometer algo para daqui a cinco ou seis anos. O povo precisa de socorro agora. A Saúde precisa resolver para ontem. Por exemplo, eles querem abrir uma nova UPA, mas eu acho que não é necessário, era só fazer aquela funcionar direito e abrir os hospitais para funcionar emergencialmente”, destacou.
Mesmo diante dessa polêmica, o vereador garantiu que está à disposição para ajudar o prefeito no que for possível em favor do município: “Quando fiz a transição para ele, passei tudo que foi necessário. Estou aqui para ajudar o Executivo, ajudar o povo teresopolitano, assim como todos os vereadores. Quando pediram a suplementação orçamentária para a saúde, nós fizemos uma sessão extraordinária e aprovamos”.