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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Perfis falsos promovem ataques a políticos de grupos adversários

Justiça Eleitoral pede que população denuncie abusos cometidos nas redes sociais. Sanções são severas e localização do autor perfeitamente possível

Anderson Duarte

Quem acha que está impune ao transgredir nas redes sociais precisa estar atento, pois além de nome para quem comete algum tipo de crime nos chamados ambientes virtuais, Cibercriminosos, tem também severas punições para os que optam por insistir no erro. Com vasta área de atuação, esses criminosos digitais estão causando estragos quase irreversíveis, justamente, na expressão máxima da Democracia, o processo eleitoral. Acusações inverídicas, ataques pessoais, denúncias fraudulentas, perfis falsos, páginas de campanha criadas para denegrir adversários, enfim, quase de tudo já foi identificado pelo setor de inteligência da Justiça Eleitoral e fundamenta processos de responsabilização em curso na cidade. Mesmo com pouco tempo para expor propostas e tornar suas candidaturas públicas, candidatos optam pelo atalho da irregularidade para conquistar, a qualquer preço, o cargo de Prefeito de uma cidade falida e tão instável como o trinitrotolueno.
Algumas vezes são personagens bem construídos, mantidos por algum período de tempo e administrados por equipes especializadas com o objetivo de influenciar uma rede de contatos e captar informações sobre grupos específicos. Mas no caso eleitoral, são até grosseiramente construídos e não se propõe a ludibriar os mais atentos internautas, apenas atacar o adversário mesmo. Existe um caso em Teresópolis, por exemplo, já analisado pela Justiça Eleitoral e rastreado pela investigação, que o autor do perfil fake, meio que adormeceu desde o período de campanha de 2016 e acordou agora, as vésperas de um novo processo eleitoral. Suas publicações neste período não guardam proporcionalidade com o volume de ataques e posts em período eleitoral, Sinal claro de fake. O Facebook, com seus milhões de usuários ativos mensalmente, se tornou a rede social mais popular do mundo. Aproveitando a visibilidade da plataforma, Cibercriminosos encontram diversos meios para obterem vantagens, inclusive neste período de eleição.
O eleitor teresopolitano tem um papel fundamental na manutenção da ordem neste tumultuado processo eleitoral. Caso você encontre um perfil falso no Facebook, não hesite em denunciar, de forma anônima, e na própria plataforma. Ao informar a existência desse perfil, você ajuda a removê-las definitivamente da rede social. Para denunciar uma conta, basta acessar o perfil, clicar no ícone de três pontinhos, selecionar a opção "Denunciar" e seguir as instruções que a plataforma apresentar. Outra ferramenta importante é o próprio site do TRE, pelo endereço: www.tre-rj.jus.br/denuncia-internet/registro.denuncia. Já estão sendo investigados diversos cabos eleitorais profissionais e muitos perfis falsos atacando os candidatos em redes sociais e também pelo WhatsApp, entre as muitas irregularidades estão fotos antigas que viram “fotos atuais”, montagens que denigrem a imagem dos candidatos e até listas falsas de prováveis secretários.
Algumas dicas podem ser importantes para evitar percalços nesta época eleitoral, do tipo: sabe aquela pessoa que te enviou uma solicitação de amizade, entretanto não tem nenhum amigo em comum e que possui poucas fotos em sua conta? Pois há uma grande chance de se tratar de um perfil fake, ainda mais se o cadastro tiver sido realizado recentemente e se não houver novas publicações visíveis. Em geral, um perfil falso inclui vários usuários para ter acesso às informações de futuras vítimas das calunias. O processo pode até parecer novo, mas é um expediente antigo, que veio à tona com força durante a eleição norte americana, quando também se popularizou o termo "fake news". Além das notícias falsas em si, a expressão engloba todos os aspectos de operações de informação e desinformação motivadas por interesses políticos, como ataques coordenados contra reputação de adversários, exércitos de bots e os próprios perfis falsos com maior nível de sofisticação.

Com a repercussão negativa da prática nos Estados Unidos, o próprio Facebook publicou um documento em que descreve como a empresa está mudando diretrizes de segurança. No processo de combate a processos abusivos, criaram uma terminologia para classificar estratégias e peças utilizadas nesse jogo. Dentre elas, estão os "false amplifiers": contas falsas usadas para defender um discurso, espalhar boatos, inflar o número de participantes e seguidores de grupos e páginas e, se tiver sucesso, mudar a opinião dos amiguinhos. A grande preocupação do Facebook é o emprego desses perfis falsos em um contexto político, tema de preocupação compartilhado pela Justiça Eleitoral brasileira que promoveu nos últimos meses diversos eventos de discussão sobre o problema, que como vemos na nossa realidade suplementar, pode trazer desproporções ao pleito. Basicamente, quem tem dinheiro para manter esses fakes, pode vir a ter algum beneficio nas urnas. É difícil estimar o quanto práticas como essa são disseminadas, mas se tem uma percepção de que candidaturas inteiras se baseiam na prática delituosa de criar informações falsas e propaga-las com fim eleitoral. Alguns tipos são mais sutis, ou seja, há perfis utilizados para incentivar o começo de discussão em posts corporativos, perfis utilizados para entrar em grupos de políticos e assim tentar eclodir alguma polêmica, como a que vimos no caso do perfil que estimulam a antecipação do secretariado de determinado candidato.

 

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Edição 23/11/2024
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