Marcus Wagner
O 30º Batalhão de Polícia Militar vai passar a atuar no combate ao comércio irregular de mercadorias pelas ruas de Teresópolis em parceria com a Secretaria Municipal de Fazenda. Em conjunto ao setor de Fiscalização de Posturas do município, o trabalho visa coibir a ação do grande número de camelôs que estão tomando conta das calçadas do centro da cidade. Para definir detalhes da parceria, uma reunião foi realizada na última quarta-feira, dia 6, envolvendo representantes da PM e do governo municipal.
De acordo com o que foi informado pela prefeitura, a reunião tratou de uma ação integrada de fiscalização pela manutenção da ordem pública e a ideia é que as atividades sejam realizadas com regularidade, na cidade e no interior. “É de suma importância essa integração entre Polícia Militar e Prefeitura para dar uma ordem maior na cidade e cobrar mais a legalidade. A população pode contar conosco nesse trabalho conjunto”, concluiu o tenente Reis, do 30º BPM.
Também acompanharam o encontro de trabalho os fiscais de Posturas Jonathan Oliveira de Araújo, Vagner Torres Gomes, Nelma Campos e Raphael Marquetti Faria e os policiais militares major Mescolin e capitão Rômulo. A conselheira tutelar 2 Tatiana Charles também participou do encontro, pois foram tratados ainda outros assuntos em que a PM deverá auxiliar no controle da ordem do município, como a autorização e licenças para realização de eventos.
“Todo evento deve ter licenciamento prévio da Prefeitura e comunicação aos órgãos pertinentes, como Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. A proposta é evitar a venda de bebida alcoólica a menores de idade, tumulto em via pública e a ocorrência de acidentes, entre outras situações”, pontuou André Luiz Soares, secretário municipal de Fazenda.
Câmara cobrou fiscalização
O problema do comércio irregular nas ruas de Teresópolis já foi até abordado na Câmara de Vereadores pela parlamentar Claudia Lauand que destacou o fato de haver muitas pessoas que não são de Teresópolis realizando a venda de mercadorias de procedência duvidosa, agindo livremente todos os dias, principalmente aos sábados. Ela destacou que o problema não são os vendedores locais, mas aqueles que chegam diariamente de ônibus ou de van na cidade.
“O que me preocupa e chama a atenção é de que maneira essa mercadoria está chegando ao consumidor? Eu vejo pessoas vendendo óculos de grau, mas é algo que você tem que usar por um problema que pode ser miopia, astigmatismo, então não é só comprar uns óculos qualquer. Esta mercadoria tem nota fiscal? É proveniente de onde? Então nosso medo é que o comércio ilegal cresça demais e que essa mercadoria tenha origem ilícita. Isso vai trazer outros problemas em consequência, como aumento de violência em diversos bairros”, enfatizou Claudia.
A vereadora afirmou que ao deixar que ambulantes ilegais atuem nas ruas da cidade, a prefeitura comete uma injustiça com os comerciantes e com os vendedores do Mercado Popular, que pagam impostos: “Estamos em uma cidade pequena e nós conhecemos nossos ambulantes, não estamos falando das pessoas que vendem cocada, verduras, aqueles que são nossos conhecidos, mas aqueles que estão chegando de van, de ônibus e são pessoas que a gente não conhece, então nada mais justo que se cadastre essas pessoas, que se conheça a origem da mercadoria. Nada mais justo que o nosso comércio que paga imposto e passa por uma crise seja protegido, pois é muito mais fácil a pessoa comprar uma meia no comércio ilegal do que numa loja e aí isso não pode acontecer”