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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Polícia apura se motorista também ingeriu drogas antes de acidente

Vítima de 17 anos de idade permanece internada em estado grave no HCTCO

Marcus Wagner

O motorista do automóvel que colidiu contra um poste no Bairro do Alto no último sábado, causando a morte de três pessoas, teria conduzido o veículo sob efeito de bebida alcóolica e também de material entorpecente, de acordo com informações da 110ª Delegacia de Polícia. Ele foi autuado em flagrante para responder pelos crimes de homicídio culposo e lesão corporal, além de dirigir sem ter habilitação. Um rapaz de 17 anos de idade continua internado em estado grave no HCTCO.
Segundo o delegado Ivan Dantas, o depoimento de uma testemunha que era ocupante do veículo confirma o consumo de bebidas e drogas durante a madrugada de sábado na praça da Casa de Cultura, no Bairro de Fátima. O delegado titular da 110ª DP explicou que o acusado seria transferido ainda na segunda-feira (15) para Benfica e passaria por uma audiência de custódia nesta terça ou na quarta-feira, para avaliação da manutenção da prisão preventiva. 
Ainda no domingo, o juiz de plantão da 1ª Vara Criminal de Teresópolis converteu a prisão do motorista em preventiva e destacou na decisão que o laudo da perícia atestou o consumo de álcool e que o próprio acusado teria confessado também o uso de cocaína.
“Em que pese os delitos em tela serem culposos, não há dúvida de que o indiciado atuou de forma altamente irresponsável, se drogando e se embriagando e, ainda, em veículo de pequeno porte trafegando com oito pessoas em seu interior. Observo, ainda, que o indiciado não tinha habilitação para dirigir veículo automotor e que trafegava em velocidade muito acima da razoável para a via. Enorme repercussão teve o fato e isto não pode passar desapercebido. Ao que parece o indiciado é o titular do direito de propriedade sobre o veículo o que indica que dirige sem habilitação habitualmente, fato que demonstra reiteração de atitude irresponsável pelo mesmo”, argumento o juiz Luiz Olímpio Mangabeira Cardoso em sua decisão. 
Nossa reportagem não conseguiu contato com a defesa do acusado.

Estado de saúde dos hospitalizados
No final da tarde de segunda-feira, a assessoria de comunicação do HCTCO nos enviou uma nota informando sobre o estado de saúde das três vítimas que precisaram de remoção para a unidade. Segundo as informações do hospital, o rapaz de 17 anos encontra-se internado no CTI, em estado grave, enquanto a jovem de 16 anos precisou apenas ficar em observação e foi liberada ainda no sábado. O outro internado, um homem de 29 anos, foi liberado no início da tarde desta segunda-feira.
As três vítimas fatais do acidente foram Bruna Paula da Costa, 21 anos, César Augusto de Oliveira Gonçalves, 23 anos, e Felipeh de Oliveira da Silva , 29 anos. 

O acidente
O acidente aconteceu quando o condutor do Escort de cor cinza perdeu o controle da direção, atingiu lateralmente um poste e ainda parcialmente o teto de um Gol, por ter sido projetado a grande altura após o choque, terminando em frente ao veículo atingido. 
De acordo com o inquérito policial, oito pessoas estavam no interior do Ford, que seguia da Rua Tietê e parou no cruzamento com a Avenida Alberto Torres, nas proximidades da antiga sede da 110ª Delegacia de Polícia. Imagens de uma câmera de segurança registraram o grave acidente, mostrando o Escort saindo descontrolado da pista de rolamento e posteriormente atingido o poste da Enel e o VW. 
O Corpo de Bombeiros foi acionado, encaminhando três sobreviventes para o Hospital das Clínicas Costantino Ottaviano (HCTCO), um deles com ferimentos graves.  O motorista e um passageiro do Escort foram conduzidos pela Polícia Militar para a 110ª Delegacia de Polícia para prestar depoimento e após o procedimento, foi decretada a prisão do motorista, enquanto o outro rapaz foi liberado. 
Com o resultado do exame de alcoolemia, o indiciamento pelo crime ainda pode mudar de categoria, passando de culposo para doloso, caso o Ministério Público entenda que o acusado assumiu o risco de causar as mortes e assim possibilitando uma pena maior e até julgamento por júri popular.

Boatos
Em meio à comoção e à curiosidade pelo acidente, algumas informações erradas acabaram se espalhando pelas redes sociais, entre elas a de que uma pessoa teria sido atropelada pelo veículo desgovernado enquanto fazia caminhada naquele trecho, algo que de fato não ocorreu. Somente ocupantes do veículo sofreram danos físicos.
Também houve confusão quanto ao número de pessoas que estavam no interior do Escort e ainda quanto à identificação de quem ficou ferido e daqueles que morreram. Em uma época em que as redes sociais possibilitam qualquer um divulgar ocorrências, é importante ter muito cuidado para checar a veracidade do que está sendo divulgado.

Operação Lei Seca realiza fiscalização em Teresópolis
No último sábado, mesmo dia em que ocorreu o trágico acidente no Bairro do Alto, uma equipe da Operação Lei Seca esteve em Teresópolis, abordando veículos na Avenida Feliciano Sodré, próximo à prefeitura. A equipe atuou com o apoio de agentes do 30°Batalhão de Polícia Militar.
A equipe de fiscalização ligada ao Detran-RJ não divulgou o número de abordagens e infrações constatadas. Diante de mais um grave acidente de trânsito em que houve mortes associadas ao consumo de bebida alcóolica, esse tipo de ação se mostra cada vez mais essencial para coibir abusos e diminuir o índice de acidentes. O problema são aqueles que insistem em cometer um verdadeiro desserviço à sociedade e avisam sobre a operação em grupos de aplicativos de mensagem.
Se por um lado, muitas pessoas criticam quem causa acidente ao dirigir após ingerir bebida alcóolica, alguns desses ao mesmo tempo acabam protegendo essas graves irregularidades ao replicar avisos da localização da fiscalização da Lei Seca. 
O Comandante do 30º Batalhão de Polícia Militar, Coronel Marco Aurélio Santos relatou anteriormente a nossa reportagem que, no lugar de apenas evitar a apreensão de veículos com situação documental irregular, principal alegação de quem busca tais meios, esses alertas podem facilitar bastante a vida de quem age de forma irregular.
“Quando a pessoa avisa em grupo de WhatsApp está contribuindo para sua própria falta de segurança. Então pedimos ao teresopolitanos, que tem essa cidade como uma cidade segura, que não utilize esse serviço, não use desse artifício, que deixe a Polícia Militar trabalhar para que possa tirar da sociedade essas pessoas que fazem tão mal”, destacou o Coronel.

 

 

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Edição 25/04/2024
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