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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Polícia Civil explica caso de suposto estupro e liberação dos suspeitos em Teresópolis

Todos os envolvidos já foram ouvidos e o exame necessário na vítima realizado, mas ainda não é possível precisar o ocorrido

Luiz Bandeira

Uma denúncia de crime sexual registrada na 110ª DP nesta segunda-feira, 01, pela mãe de uma jovem, ainda está sendo investigado. Porém, após colhidos depoimentos e com o resultado do exame de corpo delito feito na suposta vítima, os policiais agora estão investigando os indícios de estupro de vulnerável ou importunação sexual. Segundo os autos, a história teve início no último sábado, 30, quando, segundo a vítima, ela foi convidada por uma amiga para ir à casa de um rapaz com quem ela havia passado a noite anterior. Nessa casa, a jovem conheceu outros dois homens. A seguir, as duas, uma menor e a denunciante, foram convidadas para um churrasco em uma cachoeira e aceitaram. Também foi apurado que “durante o churrasco todos beberam muito” e a vítima, segundo em depoimento, “ficou completamente desorientada”. A polícia também apura a informação que no mesmo dia ela foi deixada em uma padaria nas proximidades de onde mora, de banho tomado e vestindo outras roupas. Ela teria dormido várias horas posteriormente e acordado na segunda-feira, 01, com dores no corpo, gerando a desconfiança que terminou em registro policial.
Nesta terça-feira, 02, após repercussão nas redes sociais que questionavam o fato de os suspeitos teriam sido levados para a DP pela Polícia Militar e não ficado presos, procuramos o delegado titular delegacia, Dr. Márcio Dubugras, que explicou o trabalho da polícia diante da denúncia de estupro. “O fato aconteceu no sábado, dia 30. A vítima se dirigiu a um local público e participou de um churrasco, fazendo o uso de bebida alcoólica. No próprio dia ela foi levada para casa de um dos rapazes e depois foi entregue à família em uma padaria também em Teresópolis. No dia de ontem a família nos procurou, informando da suspeita da existência de estupro. Nós fizemos a oitiva de todos os rapazes, a oitiva da mãe, a oitiva da vítima, a oitiva de uma amiga e encaminhamos ela para exame pericial”. A seguir, informa o delegado, o laudo do exame realizado na mulher não revelou que ela havia sofrido violência sexual. “Ficou definido pelo laudo da perícia que não houve sinais de violência, de que ela tenha sido abusada através de violência. Não há informações de estupro coletivo, mas eu não descarto a hipótese de ter ocorrido a prática de ato libidinoso, diverso da conjunção carnal e que nas condições dela, ela pode ser vítima de estupro de vulnerável, ou pode ser vítimas de importunação sexual, que é quando se aproveita de uma pessoa praticando atos libidinosos”, alerta a autoridade policial.

Não houve cárcere
Foi divulgado também que a vítima teria ficado três dias sofrendo abusos, porém a polícia desmente essa versão. “Não há nenhuma informação de que houve cárcere dessa menina, não há. O fato aconteceu no sábado e no próprio sábado ela foi entregue à família. Então nós estamos colhendo alguns depoimentos ainda, chegando à conclusão de qual crime foi praticado que pode ser um estupro de vulnerável ou importunação sexual, por que alguém vai ser responsabilizado por isso, mas nós estamos analisando isso”, revela o delegado.
Muitas pessoas se manifestaram indignados pelo fato dos homens envolvidos com a vítima não serem presos, no entanto o delegado explica que esse procedimento só é feito quando há flagrante ou quando a justiça determina. “Com relação aos rapazes não terem sido presos, eles não estavam em situação flagrancial quando prestaram depoimento ontem. Uma pessoa só pode ser presa por prisão em flagrante ou por ordem judicial, por mais que a sociedade às vezes questione, não existe prisão para averiguação. Não é por que uma pessoa se apresentou na delegacia que o delegado tem o poder de prender essa pessoa, o delegado só pode prender em flagrante fora isso só o juiz pode determinar essa prisão, então por isso eles não foram presos e agora a gente vai continuar com a investigação e vai imputar a responsabilidade do fato pra quem realmente praticou”, pontuou Dr. Dubugras.

Edição 19/04/2024
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