No final da tarde desta sexta-feira (15), agentes da 110ª Delegacia de Polícia estavam em patrulhamento pelo bairro do Alto quando acionados por um popular informando que, bem perto dali, em um bairro vizinho, um homem mantinha uma mulher refém e sobe a mira de uma arma de fogo. Com as informações passadas pelo denunciante, bastante nervoso, os policiais civis fizeram o cerco ao estabelecimento comercial onde ocorria o fato e conseguiram tomar a arma de fogo do suspeito, antes que fosse feito qualquer disparo. Mesmo sem o revólver, o homem, aparentemente embriagado, ainda tentou enfrentar os agentes. Ele terminou contido, algemado e encaminhado para a unidade da polícia judiciária no município.
“Nossa equipe seguiu para o local indicado, sendo muito cautelosa em não expor a testemunha a algum tipo de risco. Quando chegamos ao local, a mulher já não estava tanto sobre o poder do suspeito, que estava armado. Quando ele viu a nossa equipe, apontou a arma de fogo em nossa direção, mas conseguimos desarma-lo, em uma ação bem rápida. O suspeito teve que ser contido com bastante força porque estava muito alterado e violento”, explica o Delegado Adjunto da 110ª DP, Guilherme Ferrite, quem conduziu a operação.
“Ainda não foi a perícia de alcoolemia, mas era bastante nítido que o suspeito estava completamente alterado, sob efeito de álcool. A própria vítima, que é sua nora, informou que ele havia bebido o dia inteiro e que ficou agressivo, proferindo xingamentos e ofensas”, completou a autoridade policial. Ainda não há informações sobre a motivação para o ataque à jovem.

Crimes apontados
Até o fechamento desta edição, a ocorrência ainda estava em curso. Um dos fatos a ser esclarecido é sobre o revólver, sua procedência e se o suspeito possuía autorização para porta-lo, o que poderia implicar em mais uma anotação criminal na sua ficha. “O homem está preso e irá responder por todos os crimes praticados. Ainda estamos verificando todas as circunstâncias fáticas e colhendo os relatos das testemunhas, até mesmo da nossa equipe, visto que também fomos vítimas de tentativa de homicídio. Ele irá responder por cárcere privado, porte ilegal de arma de fogo, tentativa de feminicídio e tentativa de homicídio contra a nossa equipe, já que ele apontou a arma em nossa direção e não conseguiu disparar porque agimos de maneira rápida”, relatou ainda Ferrite.
Apoio à vítima
“A vítima está bastante sentida com a situação porque é algo que ninguém espera passar, ainda mais vindo da própria família. Ela também tem um bebê de colo, e já conseguimos colocá-lo sobre custódia de um conhecido. A polícia civil está amparando a vítima. que está na delegacia para prestar suas declarações”, esclareceu ainda ao Diário o Delegado Adjunto da 110ª DP.