No final da tarde desta sexta-feira (14), foi realizada mais uma etapa da operação de enfrentamento a um grupo que, segundo as investigações, estava tentando implementar no bairro do Perpétuo, em Teresópolis, um serviço de internet clandestino, conhecido como popularmente como “gato net”. Depois da prisão de três homens e apreensão de um adolescente, parte do bando que estaria danificando as redes das empresas legalizadas para a prestação do serviço ilegal, Polícia Civil (110ª DP), Polícia Militar (30º BPM) e GAECO (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) estiveram na Rua Zenóbio da Costa, onde localizaram uma residência que seria a central do sistema clandestino. Centenas de caixas de distribuição, escadas, computadores e outros equipamentos, além de panfletos com o nome de uma empresa, foram localizados dentro imóvel. Ninguém foi localizado na residência, mas está sendo investigada a propriedade da casa, totalmente ocupada pelo que seria apenas uma das ações do grupo, que teria ligação com o tráfico de drogas.
Márcio Dubugras, Delegado Titular da 110ª DP, enfatiza que a empresa que entrar nessa ou em qualquer outra comunidade para oferecer serviço de internet ou qualquer outro dessa maneira, de maneira ilegal e intimidando os concorrentes, será investigada por associação ao tráfico de drogas. “Se o tráfico determina que nenhuma operadora pode funcionar ali e uma empresa começa a atuar no local, ela é suspeita de ter envolvimento com o tráfico de drogas”, frisou. Também segundo Delegado, caso seja comprovado o envolvimento, todos os donos da empresa serão presos. Com a identificação de panfletos e nome de uma suposta firma, mandados de prisão serão pedidos ao Judiciário. “Podem esquecer, podem descer a serra… Aqui esse tipo de crime não vai acontecer. Se colocarem outros equipamentos, vamos apreender de novo e prender quem estiver envolvido”, pontuou Dubugras.
Ação em conjunto
Nos últimos dias, moradores de ruas como a Zenóbio da Costa e Eça de Queiroz, entre outras, começaram a perceber a instabilidade e posteriormente a ausência do serviço de internet. O motivo: as caixas de distribuição das empresas legalmente permitidas estavam sendo quebradas ou retiradas dos postes, já com a intenção de que apenas a “indicada pelo tráfico” funcionasse na comunidade. Rapidamente, PCERJ, PM e MPRJ agiram para prender envolvidos e localizar a central clandestina. Todo o material foi recolhido e apreendido na 110ª DP.
“Demos uma pronta resposta à sociedade, não vamos permitir que esse tipo de prática delituosa aconteça aqui. Vamos continuar essas ações conjuntas para oferecer toda segurança a nossa comunidade. Graças a informação do nosso Serviço Reservado chegamos ao local e fazer essa operação com o MPRJ e a Polícia Civil”, destaca o Major Fusco, do 30º BPM.
Empresa de longe…
O material de propaganda encontrado no imóvel é uma empresa com sede na Baixada Fluminense. No dia anterior, o mesmo folder foi encontrado com homens presos pela suspeita de participação no ato ilícito, além de envolvimento com o tráfico de drogas. Tal material localizado na quinta-feira estava junto das caixas de distribuição de empresas autorizadas a trabalhar no município e que vinham tendo suas redes depredadas nos últimos dias.
Sistemas de empresas legalizadas estavam sendo retirados dos postes para obrigar moradores a usarem o sistema ilegal
“Podem esquecer, podem descer a serra… Aqui esse tipo de crime não vai acontecer. Se colocarem outros equipamentos, vamos apreender de novo e prender quem estiver envolvido”, pontuou o Delgado Marcio Dubugras. Foto: Cacau Repórter
“Vamos continuar essas ações conjuntas para oferecer toda segurança a nossa comunidade. Graças a informação do nosso Serviço Reservado chegamos ao local e fazer essa operação com o MPRJ e a Polícia Civil”, destaca o Major Fusco, do 30º BPM. Foto: Cacau Repórter
