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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Polícia Reservada flagra mais um “clube de jogo de azar” em Teresópolis

Máquinas de caça-níqueis, material de jogo do bicho e dinheiro apreendidos em área reservada de bar

Agentes do Setor de Inteligência do 30º Batalhão de Polícia Militar, mais conhecido como P2, ou Polícia Reservada, conduziram para a 110ª Delegacia de Polícia mais dois comerciantes acusados de envolvimento com a contravenção penal. Os homens, de 38 e 63 anos, seriam proprietários de um bar na Avenida Lúcio Meira, na Várzea, onde, segundo denúncias, havia sido montada uma área exclusiva para a prática de “jogos de azar”. No local indicado, os militares encontraram seis máquinas para prática conhecida como “caça-níquel”, em pleno funcionamento e lacradas. No ambiente os policiais também recolheram um telefone celular e uma impressora que seriam utilizados em outra prática de contravenção penal, o “jogo do bicho”. O material foi recolhido e apresentado na delegacia. Nas máquinas, após análise do perito do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), foi encontrada a quantia de R$ 29 em moedas. Também ficou apreendida a quantia de R$ 30, dinheiro que teria sido obtido com apostas “do bicho”. Os homens foram ouvidos e liberados para responder ao processo, visto que tal prática de contravenção penal não rende prisão.


As operações de enfrentamento a esse delito têm sido determinada pelo Comandante da Polícia Militar no município, Tenente Coronel Soliva. No início do mês passado, a PM “estourou” uma espécie de bingo clandestino escondido nos fundos de um bar no populoso Bairro de São Pedro. Intensificado o enfrentamento aos crimes de contravenção penal, os agentes da Polícia Reservada (P2) estiveram no local onde, segundo denúncias passadas ao quartel, criminosos do Rio de Janeiro teriam reposto as máquinas de caça-níqueis apreendidas em março passado pela própria PM. Para chegar até o local da jogatina irregular, os agentes de segurança fizeram o mesmo caminho dos clientes: é preciso atravessar a cozinha do bar para chegar a uma sala nos fundos, onde ficam as maquinetas ilícitas. Havia quatro equipamentos, apreendidos e encaminhados para a 110ª DP. Também foi recolhida a quantia de R$ 80. Também na ocasião, outras ações foram realizadas com o mesmo intuito. O outro flagrante foi realizado em um bar no Espanhol.
Tal prática de contravenção penal relacionada a jogos de azar tem ligação com o “jogo do bicho”. Os comerciantes foram autuados e liberados para responder ao processo criminal, visto que não há prisão em flagrante para tal delito. As máquinas ficaram apreendidas e terão o sistema de funcionamento desmontado. A exploração de jogos de azar está tipificada como contravenção penal há aproximadamente 80 anos, podendo render ao contraventor detenção e/ou aplicação de multa.

Político preso
Em 2008, autoridades policiais da cidade precisaram responder na Justiça por formação de quadrilha de contraventores que exploravam jogos de azar. Treze pessoas foram acusadas de envolvimento no grupo criminoso, entre elas um policial civil e um policial militar, todos lotados em Teresópolis. Segundo o Ministério Público Federal, na ocasião os envolvidos responderam também por crimes como corrupção, contrabando e ganhos ilícitos com fraudes. A estimativa do MPF era que a quadrilha movimentava na época cerca de R$ 300 mil por semana.
Em 2012, a Polícia Civil do Rio deflagrou uma operação para prender os chamados “chefões” da contravenção e pessoas envolvidas com uma série de crimes, entre eles um dos políticos mais influentes de Teresópolis à época. A operação, chamada de “Dedo de Deus”, em referência à investigação no município, prendeu 17 acusados na Região Serrana e 11 na Baixada Fluminense. As investigações foram conduzidas pela Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio. Na ocasião, a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro destruiu duas mil e 900 máquinas caça-níqueis.

Os comerciantes foram autuados e liberados para responder ao processo criminal, visto que não há prisão em flagrante para tal delito

Edição 24/04/2024
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