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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Prazo para entrega da escola bilíngue não é cumprido

Obra da unidade de ensino em São Pedro já era para ter sido concluída. Nova promessa da PMT é julho

Marcello Medeiros

“Children, the school remains closed”. Não será no primeiro semestre de 2024, e provavelmente nem no segundo, que os alunos da Escola Municipal Professora Acliméa Nascimento, em São Pedro, começarão a estudar em uma unidade bilíngue pública – uma das muitas promessas da atual gestão. Prevista para ser concluída em 18 de março, a escolinha anexa ao quartel do Tiro de Guerra 01-011 segue em reforma, aparentemente com muita, mas muita coisa mesmo a ser feita. Olhando pelas brechas dos improvisados portões ou buracos dos danificados muros, que sofrem com a ação do tempo e ações relacionadas ao trabalho das empresas terceirizadas, se avista paredes faltando reboco, espaços vagos onde deveria haver janelas, piso danificado e muito material espalhado, sem esquecer os vergalhões expostos na área da antiga quadra. Ao custo de mais de R$ 3 milhões e iniciada em maio do ano passado, a reforma já deveria ter acabado. Questionado pelo Diário, nesta terça-feira (19), o governo municipal informou “que foi necessária prorrogação do prazo em 140 dias para término da obra” e que “a previsão de entrega é julho”. Ou seja, mesmo que a reforma seja realmente concluída nesse prazo, depois é preciso limpar e organizar o prédio público para receber os novos alunos, instalar internet, montar biblioteca, refeitório… Então, seguindo o lento trâmite do serviço público, é bem possível que a Acliméa só retorne às atividades nesse espaço, com o sonhado investimento em uma segunda língua, em 2025. “Another year, another mayor”.

Ao custo de mais de R$ 3 milhões e iniciada em maio do ano passado, a reforma já deveria ter acabado. Foto: Marcello Medeiros/O Diário


Iniciativa inédita em Teresópolis, a proposta de implantação de uma escola municipal bilíngue foi apresentada pelo prefeito ao Cônsul Geral Britânico Anjoun Noorani em agosto de 2022. “A gestão municipal busca a participação do Consulado Geral Britânico no Rio de Janeiro para a criação de um modelo ideal voltado para os anos iniciais da Educação Infantil. E a primeira unidade a se transformar em escola bilíngue será a Escola M. Acliméa de Oliveira Nascimento, em São Pedro”, informou a prefeitura na ocasião.

Questionado pelo Diário, nesta terça-feira (19), o governo municipal informou “que foi necessária prorrogação do prazo em 140 dias para término da obra” e que “a previsão de entrega é julho”. Foto: Marcello Medeiros/O Diário


Também de acordo com material de divulgação do governo municipal, cerca de 300 alunos terão acesso a um ensino ministrado em duas línguas (português e inglês). “A Acliméa é a nossa primeira escola em tempo integral do município e traz consigo uma história muito rica de pioneirismo em Educação. Hoje, temos já uma ampliação desse número, com 15 unidades atendendo em tempo integral, mas começou aqui. A ideia de introduzir no ensino municipal a língua inglesa para as crianças dos anos iniciais é uma proposta pedagógica inovadora para a rede pública da cidade”, frisou a secretária de Educação, Satiele Santos, na ocasião do lançamento do projeto.

Prefeito Vinicius Claussen apresenta o projeto – Arquivo

Mais uma promessa
Em português ou inglês, atraso e promessas parecem ter o mesmo significado para o atual governo. Assim que as obras da Acliméa foram iniciadas, a “gestão” também divulgou que iria concluir a atrasada reforma da Escola Maçom Lino Oroña e iniciar a recuperação de outro prédio público da secretaria de Educação no bairro da Tijuca. “Durante a visita, o Prefeito frisou ainda que a reforma da Escola Municipal Herminia Josetti, na Tijuca, também está garantida. O projeto executivo está sendo finalizado e, em seguida, será realizado o processo licitatório para seleção de empresa especializada para executar a obra, que deve começar ainda este ano. A comunidade escolar contará com uma unidade de ensino moderna, acolhedora e de tempo integral”. Quase um ano depois, as duas escolas seguem sem receber alunos. A primeira, com a obra devagar quase parando. A segunda, nunca saiu do campo de promessa da “gestão Claussen”. Recentemente, O Diário publicou reclamações de vizinhos do Hermínia, incomodados com o matagal e possíveis focos de mosquitos da dengue.

Olhando pelas brechas dos improvisados portões ou buracos dos danificados muros, se avista paredes faltando reboco, espaços vagos onde deveria haver janelas, piso danificado… Foto: Marcello Medeiros/O Diário

Edição 21/11/2024
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