Cadastre-se gratuitamente e leia
O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
em seu dispositivo preferido

Prefeito celebra acordo sem a autorização dos vereadores

AGENERSA “detém” a delegação dos serviços públicos de abastecimento de água potável e de esgotamento sanitário de Teresópolis

Wanderley Peres

A Prefeitura publicou em Diário Oficial nesta quarta-feira, 8, minuta do Acordo de Cooperação Técnica, de nº 002.09.2023, em que são partes o Município de Teresópolis e a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro. O acordo, como publicado o extrato, teria como objetivo delegar a AGENERSA a regulação dos serviços públicos de abastecimento de água potável e de esgotamento sanitário em Teresópolis, que será exercida, ainda sobre os serviços públicos de captação, tratamento, adução e distribuição da água, e também a coleta, transporte, e tratamento e destino final do esgoto. Enigmático, o ato oficial prevê o prazo de duração do acordo “concomitante e equivalente à vigência do contrato”, então celebrado com o Agente Executor dos serviços concedidos de que trata o instrumento, formalizado através do Processo nº 27.198/2023, pelo prefeito Vinícius Claussen e o responsável pela Agência, Rafael Carvalho de Menezes e Vladmir Paschoal Macedo.

A celebração do acordo, vale lembrar, não tem o aval da Câmara. Embora o artigo 31, inciso VII, da Lei Orgânica Municipal, determine a deliberação dos vereadores para a autorização pelo chefe do executivo dos convênios com entidades públicas ou particulares e consórcios com outros municípios.

A palavra Agernesa na discussão da venda da água de Teresópolis surgiu na última semana, em vídeo postado pelo vereador Marcos Rangel, que denunciou a presença do prefeito Vinicius Claussen no Rio de Janeiro, em reunião na sede da Agernesa, onde teria sido costurado “um acordo para a saída da Cedae do município” enquanto a nossa cidade sofria com as enchentes. Segundo o vereador, pelo “acordo em andamento”, se utilizando de um terceiro, “em vez de continuar insistindo com a cobrança dos R$ 180 milhões pelo seu patrimônio usurpado, a empresa estadual receberia R$ 30 milhões da Prefeitura, de imediato, assim que a primeira parcela da outorga, que é de R$ 180 milhões, entrasse na conta, ficando o prefeito com R$ 150 milhões para arranjar as contas municipais”.

Se o ato oficial pouco informa, ao arrepio de sua utilidade, que é a de dar publicidade ao que se está fazendo no governo, a enigmática publicação se explica em postagem feita pelo site da Agência de Energia e Saneamento Básico do Rio de Janeiro, que dá conta, agora, de uma reunião ocorrida em 28 de agosto passado, com a presença da subprocuradora do município, Mariana Vieira, representando o prefeito, e o presidente da Agenersa, Rafael Menezes, participando ainda da reunião o Procurador Marcus Vinicius Barbosa, o Gerente de Câmara de Saneamento Robson Cardinelli e a Assessora chefe de Relações Institucionais Renata Pompas. A reunião, da qual seria cobrada providência depois, provavelmente na útlima semana, serviu para discutir o detalhamento do Convênio finalmente anunciado, supostamente, “celebrado para que a agência regule o contrato de concessão de Saneamento celebrado pelo Município”.

Ainda segundo a matéria do site da Agernesa, diversos municípios vêm procurando a agência reguladora para firmar Convênio de regulação de suas concessões de saneamento. “Tal fato é fruto de toda uma reestruturação que a agência vem passando, principalmente no que tange ao aumento de efetivo através de cessões e os 50 novos servidores que tomaram posse semana passada. Da mesma forma, a vinda de dois Procuradores do Estado de carreira traz maior segurança jurídica aos contratos”, afirmou o presidente da agência Rafael Menezes.

Se o ato oficial é enigmático, bastante esclarecedora é a fotografia usada pela Agernesa para ilustrar a matéria em que foi engendrado o convênio, dois meses atrás, quando o prefeito e seus secretários estavam ausentes. A imagem mostra o prefeito Vinícius Claussen e dois de seus secretários, Lucas Pacheco e Vinícius Orbeg, na sede do órgão, no Rio de Janeiro, muito provavelmente, na última terça-feira, 31, quando Teresópolis sofria com a água suja represada em diversos pontos por conta das galerias entupidas e o prefeito se despencou ao Rio de Janeiro, afim de arranjar uma solução para vender a preço de banana a nossa água tratada.

Edição 26/07/2024
Diário TV Ao Vivo
Mais Lidas

ALERTA: Homens passam notas falsas no comércio de Teresópolis

Bloqueio total nas contas da Prefeitura de Teresópolis impedem pagamentos cotidianos do mau governo

Extremos climáticos dominam 1º Reunião de Engajamento do G20 Regional

Terreno da Sudamtex, de novo bairro a lixão clandestino

Homem é detido após furtar supermercado na Barra do Imbuí

WP Radio
WP Radio
OFFLINE LIVE