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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Prefeitura informa que não autorizou afixação de faixas pelo Dia das Mães

Vereadores querem saber, agora, as autuações emitidas contra o vereador apadrinhado do prefeito que usou o espaço público para promoção pessoal

Wanderley Peres

Atendendo pedido de informações, acerca da autorização concedida ao vereador Amós Laurindo para a instalação das faixas na cidade, como também as guias de recolhimento da taxa devida, a Prefeitura respondeu à Câmara, secamente, que não concedeu autorização alguma para que fossem instaladas faixas no mobiliário urbano em maio passado. Agora, na última sessão, foi aprovado novo pedido de informações ao prefeito, querendo saber os vereadores se o vereador denunciado foi autuado pela infração cometida, com a cópia do ato e a devida justificativa, e explicação para a leniência com o afilhado, se acaso a autuação não foi feita.

Todo mundo sabe que a instalação de faixas com propaganda no mobiliário urbano é irregular, devendo até mesmo a administração evitar a poluição visual, porque existem outros mecanismos para divulgação, sendo permitido as faixas, apenas, em topos ou laterais de edifícios, e depois de ser obtida a devida licença na Prefeitura. Não pode faixas atravessando as ruas, afixadas em postes de iluminação, em parques e praças, em torres e viadutos, em túneis e elevados, ou acopladas à sinalização de trânsito. Tudo o vereador Amós fez é proibido e o setor de Posturas da Prefeitura deveria, imediatamente, retirar a propaganda irregular e multar o infrator da lei.

Para quem não sabe, ou se esqueceu, vereador que já havia se apropriado, indevidamente, do brasão do município, para confeccionar indumentária onde se dizia “fiscal do povo”, e depois de diversas outras ocorrências que desagradam o decoro parlamentar, na semana do dia das Mães, Amós resolveu homenagear as mães do município ferindo as leis ao afixar faixas cidade afora, poluindo os bairros da Tijuca, Ermitage, Vale do Paraíso, Prata, Barra do Imbuí e Pimenteiras, entre outros lugares, faixas que ficaram por semanas penduradas, sendo retiradas, quase imediatamente, apenas as que foram colocadas no Corte da Barra e no viaduto da Prata, por serem espaços sob a jurisdição da Polícia Rodoviária Federal, que providenciou a retirada da propaganda.

Além da infração ao Código de Posturas, daí deveria ter havido as providências da Prefeitura, de retirada do material e da emissão de multa ao infrator, as faixas do filho da mãe foram denunciadas ao Ministério Público, porque estaria configurando, também, o crime eleitoral, de propaganda extemporânea.

“Precisamos voltar ao cenário de 2018 e recomeçar a administração municipal”

Ainda na sessão da última terça-feira, 25, criticando postagem da secretária de Educação, que defendendo a continuação do governo municipal afirmou que “não podemos voltar ao cenário de 2018″, o vereador André do Gás disse o contrário, que precisamos, sim, “voltar, urgentemente, ao cenário de 2018 e recomeçar a administração municipal”. As duas falas são políticas, de servidora municipal em pré-campanha para continuar na pasta ou para que os amigos não percam o emprego, e de vereador que tem também candidato definido e teria deixado a cidade melhor do que está, não o contrário.

“A secretária incompetente, que acabou com a Educação, no governo que está prejudicando tanta gente, lembra 2018 como cenário, como se tivesse falando de um lugar depois de uma guerra, se esquecendo que o cenário deprimente é o que estamos vivendo agora, e não o de seis anos atrás, quando esse grupo assumiu a Prefeitura”, disse André. “A escola Elza Tricano, como tantas outras, está abandonada. As crianças estão sem merenda direito, sem uniformes, sem tablete e até sem bebedouro, tendo que usar água de galão. Nas escolas Maria Dallia e Maria Leite, o pessoal que transporta as crianças está proibido de entrar na escola, uma falta de consideração enorme, ficam em frente à escola, o dia inteiro, esperando do lado de fora, sem poder beber uma água ou ir ao banheiro. De 7 horas da manhã até as 5h da tarde, tem que ficar do lado de fora da escola, sem as mínimas condições de permanência no trabalho, por pura maldade, porque se a monitora e o motorista podem viajar com as crianças, como não podem ao menos entrar no prédio onde elas estudam? É uma vergonha para a cidade um vereador precisar vir ao plenário para ter que pedir respeito ao servidor público, ou reclamar de falta água fresca para as crianças nas escolas ou mesmo um local adequado para o lanche”, concluiu André.

“Pare de destruir e conserte o que destruiu, prefeito”

A vereadora Márcia Valentim voltou a reclamar, do atraso na entrega das construções iniciadas e não terminadas pelas empresas contratadas pela Prefeitura. Além das obras em atraso, entre elas as das escolas Lino Oroña e Alclimeia Nascimento, onde as empresas relapsas não estão cumprindo o prazo, e as obras da Rodoviária e da Feirinha, tem ainda as obras que foram abandonadas pelas empresas contratadas e a Prefeitura vem fazendo o serviço, ferindo os contratos que foram disputados em licitação e deveriam estar sendo cumprido.

“O prefeito causa confusão administrativa, e provoca grande embaraço para as pessoas. Quebrou a parede da prefeitura e não conserta e agora o pátio da Câmara e da Prefeitura, obras que não terminam nunca. O prefeito fecha escolas, fecha o hemonúcleo, e tira a paz da população. Em vez de ajudar as pessoas, o governo tem tirado o ganha pão delas, como ocorre com os taxistas que fazem ponto ao lado do paço municipal, na rua Ruy Barbosa. O taxista não consegue trabalhar, porque os passageiros não têm como pegar o veículo no ponto, que fica no meio de um canteiro de obras que não avança”, disse, opinando que o prefeito deveria se colocar no lugar dos pais de alunos, que estão com dificuldade para manter seus filhos nas escolas; no lugar dos taxistas do ponto ao lado da prefeitura, que está sem condições adequadas de trabalho; ou no lugar dos expositores da Feirinha do Alto, que estão sofrendo prejuízos há mais de três anos, porque a praça foi destruída e vem demorando uma eternidade a conclusão do trabalho. “O Vinícius deveria se colocar no lugar do povo, que tanto sofre pela sua incompetência”, concluiu.

Edição 23/11/2024
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