Rodrigo Ricardo – Repórter da Rádio Nacional – Rio de Janeiro
O Vasco ainda não sabe quando vai poder voltar aos gramados. Entretanto, em coletiva virtual transmitida nesta quarta (29) pelo canal do clube no Youtube, o presidente Alexandre Campello analisou as consequências do novo coronavírus (covid-19) sobre o futebol. “Para ser bem sincero, este ano acho que não teremos condições de ter público nos estádios”, afirmou o dirigente, que também é médico. Ele ainda lembrou que a pandemia veio pra mudar toda a sociedade, inclusive o futebol, que depende da autorização do Governo estadual para voltar a acontecer no Rio de Janeiro.
Participou ainda da coletiva o vice-presidente financeiro, Carlos Leite, que disse que a construção do novo Centro de Treinamento, em Jacarepaguá, está em andamento. “As obras não foram paralisadas e a previsão é de que o time profissional já possa usá-lo em julho”. De Porto Alegre (RS), Leão recordou que o CT do Almirante, em Vargem Pequena, era alugado e já foi devolvido, proporcionando uma economia de R$ 500 mil por mês.
Segundo Campello, o gigante da colina aproveitou a pausa para preparar a estrutura de São Januário para receber a comissão técnica e os atletas no retorno aos treinos. “Vamos voltar aos poucos. O nosso protocolo de segurança começa da saída do jogador de casa até o gramado. Inicialmente, os treinamentos devem começar em pequenos grupos em horários diferentes de treinamento, com monitoramento e testes não só para os jogadores, mas para os familiares e aqueles que tenham contato com eles”, afirmou o presidente do Vasco, que elogiou o protocolo Jogo Seguro, elaborado pela Federação de Futebol do Rio (Ferj) a partir da reunião dos departamentos médicos dos clubes e de um infectologista.
O presidente vascaíno prometeu ainda publicar o balanço financeiro do clube na próxima quinta (30). “Ainda não dá pra medir o impacto do prejuízo econômico da pandemia no clube, mas certamente não será menor do que R$ 40 milhões”, concluiu Campello, reiterando que a volta do futebol só acontecerá após a liberação do poder público.
Edição: Fábio Lisboa