No final da tarde desta quinta-feira, 13, foram encaminhados para a 110ª Delegacia de Polícia três jovens suspeitos de autoria de crime brutal que terminou com a morte de Diego Azevedo Euzébio, de 18 anos, no final da noite da última segunda-feira em servidão entre Vale da Revolta e Jardim Meudon. O rapaz foi espancado, levando socos, chutes e pauladas em situação que envolveria a disputa pelo tráfico de entorpecentes entre as duas comunidades. Em vídeo que circula nas redes sociais, Diego aparece muito machucado e pedindo ajuda, com os acusados, que registravam a agressão possivelmente com o objetivo de intimidar outros possíveis desafetos, dizendo que “não merecia ajuda nenhuma”. A violência continuou por vários minutos, só terminando com a intervenção de uma moradora do Vale da Revolta. Porém, a situação já era crítica. O rapaz foi socorrido e encaminhado para o Hospital das Clínicas Constantino Ottaviano (HCTCO), mas morreu pouco depois de dar entrada na unidade hospitalar.
Com informações de populares e dados coletados no próprio vídeo, policiais do Setor de Inteligência do 30º BPM (P2) iniciaram as investigações, que contaram com o apoio de outras guarnições do quartel, como a PATAMO, e, em seguida, participação da Polícia Civil e do Ministério Público. Com a expedição dos mandados de prisão temporária, equipes das três forças de segurança foram deslocadas para Jardim Meudon e Vale da Revolta nesta quinta-feira, sendo cumpridos três das quatro ordens judiciais contra os suspeitos da participação no ato violento que terminou com a morte de Diego. “O trabalho começou assim que recebemos informações desse ato brutal. P2 e Patamo não ficaram inertes na elucidação e contaram com o apoio do Ministério Público e Polícia Civil. Desde o momento do homicídio concentramos esforços no intuito de esclarecer o caso e devolver a paz e tranquilidade ao povo teresopolitano. Foi um trabalho bastante meticuloso, providencial, nossa Inteligência desde o inicio trabalhou incansavelmente para reunir conhecimento suficiente para chegar ao trabalho de hoje”, relatou o Comandante do 30º BPM, Tenente Coronel Cardoso, em entrevista ao repórter José Carlos “Cacau”. “É prematuro afirmar, mas dados preliminares dão conta do envolvimento de todos com o tráfico, do falecido e os autores desse crime, mas isso será esclarecido no curso do inquérito polical”, completou o comandante.
O vídeo
As imagens que rodaram pelas redes sociais são fortíssimas, desde o linguajar utilizado pelos criminosos, que lembram bandos que costumam agir em favelas do Rio de Janeiro, até as cenas que mostram Diego muito machucado, mal conseguindo se mexer e pedindo ajuda. A informação apurada é que ele teria furtado material entorpecente de facção rival, uma carga de cocaína, mas, no mesmo vídeo, os autores citam casos de “roubos na comunidade”. Informações que possam auxiliar no trabalho da PM podem ser passadas para os telefones 190, 2742-7755 e 99817-7508. Não é necessário se identificar.
