Marcello Medeiros
Operação conjunta envolvendo agentes da 110ª Delegacia de Polícia e do Gaeco/Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro terminou com a prisão de três pessoas acusadas de envolvimento em fraude na compra de veículos financiados com a utilização de documentação falsa. Uma motocicleta adquirida em uma agência em Niterói seria emplacada no Detran de Teresópolis, onde foi preso um despachante acusado de ser um dos facilitadores do procedimento ilícito. No decorrer da investigação, também foi presa uma mulher que trabalha em uma agência de veículos no município e um homem residente em Guapimirim, apontado como o responsável por subir a serra com a moto. O flagrante ocorreu na última segunda-feira (09).
“Fomos procurados por uma mulher informando que o nome dela havia sido utilizado indevidamente na fraude para a compra de um veículo. Pessoas haviam ido a uma concessionária e financiado a moto no nome dela, sendo que no documento apresentado havia a foto de outra pessoa. Logo após a aprovação do financiamento, veio o alerta de que essa moto seria emplacada em Teresópolis. Com as informações, apuramos mais detalhes e, junto com o Gaeco, realizamos a prisão do despachante que tentaria a regularização da moto. Depois, chegamos à pessoa que trabalha em uma agência de veículos e que teria comprado essa moto e o homem residente em Guapimirim que havia trazido para a venda em Teresópolis. Todos foram autuados em flagrante por estelionato e a pena pode chegar a cinco anos de reclusão”, relatou ao Diário o Delegado Titular da 110ª DP, Marcio Dubugras.
Ainda de acordo com a autoridade policial do município, o grupo não se resume aos três presos: “Há outros atos a serem realizados, há outras pessoas envolvidas. Dá para perceber que essas pessoas fazem parte de quadrilha especializada na fraude de compra de veículos financiados irregularmente, há outros registros de pessoas recebendo cobranças de compras que não fizeram”.
Detran
Sobre possível envolvimento de funcionários do Departamento de Trânsito, Dubugras disse que no momento não há nenhuma informação nesse sentido, visto que, pelo que se percebeu, a fraude consiste em realizar o financiamento de maneira ilícita – e não a regularização da documentação do veículo especificamente. “Não existe informação de envolvimento de pessoas Detran, inclusive o veículo não chegou a ser emplacado. Se surgirem informações, que é fato comum de sentido de pessoas que compram veículos envolvidos em fraudes e emplacar aqui, obviamente vamos apurar essas informações”, pontuou.