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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Prevenção de AVCs: HCTCO realiza procedimento inédito em Teresópolis

Técnica minimamente invasiva foi conduzida pelo serviço de Hemodinâmica do hospital

No último dia 17, Teresópolis testemunhou um marco histórico na medicina local. O Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano (HCTCO) realizou, pela primeira vez, um procedimento inovador chamado Oclusão do Apêndice Atrial Esquerdo. Essa técnica minimamente invasiva, conduzida pelo serviço de Hemodinâmica do hospital, tem como objetivo evitar Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) em pacientes que não podem utilizar anticoagulantes.
À frente do procedimento esteve o cardiologista intervencionista Dr. Daniel Peralta, especialista de renome que coordena o serviço de hemodinâmica do HCTCO. Ele contou com o suporte do também renomado Dr. Francisco Chamié, um dos pioneiros da técnica no Brasil. Segundo o Dr. Peralta, a oclusão do apêndice atrial esquerdo é uma alternativa eficaz para pacientes que correm risco ao usar anticoagulantes. “Essa prática chegou ao Brasil há menos de 10 anos e tem sido essencial para evitar casos de AVC sem a necessidade de medicamentos que podem causar sangramentos graves. Hoje, com avanços na técnica e aumento do número de procedimentos realizados, o risco é cada vez menor”, explicou.
A paciente pioneira na cidade foi Maria de Fátima Gonçalves Gomes, de 71 anos, que sofreu um AVC hemorrágico e não podia mais utilizar anticoagulantes. “A solução foi fechar a cavidade onde os trombos se formam com uma prótese, colocada através da virilha, eliminando o risco de novos episódios. O procedimento é feito por hemodinamicista, idealizado para ser feito dentro de uma sala de hemodinâmica com duração de cerca de uma hora, sem necessidade de cirurgia de peito aberto”, destacou o Dr. Peralta.

Procedimento Oculsão Apendice Atrial Esquerdo foi realizado pela primeira vez no Hospital das Clínicas Constantino Ottaviano (HCTCO). Foto: Divulgação Unifeso

A importância da atualização médica
Dr. Francisco Chamié reforçou a importância de divulgar e ampliar o conhecimento sobre o procedimento entre os médicos da região. “Infelizmente, essa técnica ainda é pouco indicada no Brasil, muitas vezes por desconhecimento dos profissionais. Nos Estados Unidos e na Europa, o número de casos cresce exponencialmente desde o primeiro procedimento realizado, em meados do ano 2000. Agora, com a inclusão desse tratamento no rol de procedimentos cobertos pelos convênios, esperamos que mais pacientes possam se beneficiar”, afirmou o especialista.

Uma nova era para a cardiologia
Há quase quatro anos na cidade, o HCTCO se consolida como referência em tratamentos cardiológicos, investindo constantemente na capacitação de sua equipe e na aquisição de tecnologias avançadas. A filha da paciente, Aline Gonçalves Gomes Pontes, estudante de Medicina do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), teve a oportunidade de acompanhar o procedimento e relatou sua surpresa ao descobrir a inovação. “Eu estava na faculdade falando exatamente sobre os avanços na medicina, e no mesmo dia soube que minha mãe seria submetida a esse procedimento pioneiro. Foi uma surpresa positiva e um alívio saber que existe essa alternativa para casos como o dela”, disse.


Edição 21/03/2025
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