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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Problema do descarte de lixo continua em Teresópolis

Sem conseguir usar espaço no Fischer, motoristas fazem mais um protesto na prefeitura

A grave situação do lixão do Fischer, transformado em aterro sanitário em 2009 e abandonado pelos governos seguintes, voltando assim ao preocupante status anterior, parece não ter fim. O espaço chegou a ser interditado pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e Promotoria de Justiça do Meio Ambiente no ano passado, no governo Mario Tricano. Atualmente, enquanto funciona por conta de liminar, ainda está sendo discutida uma solução. Porém, o volume de descarte diário de resíduos continua sendo grande e consequentemente não há mais espaço físico para tal função, gerando interdições momentâneas do acesso de veículos de carga e protestos envolvendo a categoria que precisa de um local para depositar lixo de todo o tipo. Mais desses movimentos aconteceu nesta sexta-feira (07), quando grande grupo de profissionais que trabalha com o serviço de caçambas em Teresópolis realizou buzinaço e fechou a Avenida Feliciano Sodré até ser recebido por representantes do governo Vinicius Claussen. “A Prefeitura de Teresópolis informa que, após reunião, representantes das secretarias de Governo, de Meio Ambiente e de Serviços Públicos e as pessoas que fazem o recolhimento de entulhos e de restos de jardinagem foram até o aterro sanitário para avaliar como está a condição do local para recebimento dos materiais e diagnosticar a melhor forma de descarte dos mesmos”, informou a Assessoria de Comunicação da Prefeitura no início da tarde.
Em agosto do ano passado, representantes de várias entidades, sociedade e governo sugeriram várias alternativas de ação para aumentar a vida útil do atualmente Lixão do Fischer. Na ocasião foi informado que as propostas discutidas deveriam ser apresentadas ao Ministério Público em 30 dias para efetivação de um plano definitivo. Entre as ações foram apontadas possibilidades de construção de duas células sobrepostas para deposição final dos resíduos. Além disso, assuntos como a queima e controle do biogás, controle do chorume, monitoramento geotécnico e drenagem das águas pluviais também foram debatidas. Sobre as alternativas para reduzir o volume de lixo depositado no local, foram sugeridos acordo com os grandes geradores de resíduos, com o setor da construção civil e com os produtores de hortaliças, além de aprimoramento do programa de coleta seletiva no município. “Para o custeio das operações de manutenção do aterro controlado, que requer equipamentos e veículos, entre outros maquinários e tecnologias, foram propostas a cobrança pela deposição dos detritos e a busca de outros recursos como, por exemplo, do ICMS Ecológico e de compensações ambientais”, informou a prefeitura na ocasião.

Interdição
No dia 6 de março de 2018, fiscais do Instituto Estadual do Ambiente, acompanhados de representantes do Ministério Público, passaram a manhã no quilômetro 75 da Estrada Rio-Bahia, no bairro do Fischer. O motivo da fiscalização foi analisar a situação do outrora aterro sanitário do município, inaugurado nove anos atrás e um depósito de lixo a céu aberto há pelo menos três anos e meio. Após várias horas de trabalho de campo, e constatação que o local não poderia estar sendo mais utilizado, pois além da sobrecarga faltam todos os requisitos exigidos para o funcionamento de empreendimento do tipo, o local foi interditado. Uma semana depois, a prefeitura conseguiu uma liminar para liberar o funcionamento do local até conseguir viabilizar uma solução alternativa. 

 

 

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Edição 21/11/2024
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