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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Projeto vai mapear necessidades estruturais e sociais dos bairros em risco

Parceira entre UNIFESO e Prefeitura quer reunir informações e realizar ações para enfrentar o próximo período de chuvas

Anderson Duarte

Esta semana, em cerimônia realizada no Campus Sede do UNIFESO foi lançado e homologado o Projeto “Proteger Teresópolis” que reúne os esforços da Academia e do Poder Público com vistas ao processo de redução da vulnerabilidade de grande parte de nossos bairros frente aos desastres naturais. O objetivo é conseguir chegar no verão de 2020 com um município mais preparado para enfrentar o período de chuvas e com sua população que habita em locais de riscos mais consciente e protegida com medidas interventivas. Em participação no programa Jornal Diário na TV desta quinta-feira, 28, a professora Verônica Albuquerque, Reitora da instituição, explicou como a medida espera contribuir para a produção de conhecimento sobre esses riscos e consequentemente maior capacidade de reação aos reflexos destas fragilidades.
Um dos pontos que mais tocou a direção do Projeto foi a motivação dos participantes. “Nós disponibilizamos vinte e sete bolsas para o desenvolvimento de ações de extensão e pesquisa em três áreas distintas, mas o que mais nos deixou feliz foi saber que ao selecionarmos os cinquenta e cinco estudantes participantes e questionarmos se caso não fossem agraciados com as bolsas se ainda teriam disponibilidade para atuar no programa, não registramos nenhuma negativa, ou seja, a motivação para estar no projeto é muito maior que imaginávamos. São estudantes que viveram a tragédia de 2011, são alunos que se sentiram tocados com as situações de muitos bairros e muitas motivações nobres que com certeza vão ajudar na busca por resultados. Ver no evento de lançamento do Proteger todos os estudantes recebendo a declaração de participação e a camisa que vão vestir para se empenhar nas atividades, é algo extremamente reconfortante e motivador”, enaltece Verônica.
Além da colaboração de técnicos da Defesa Civil, professores e estudantes dos Centros de Ciências da Saúde e de Ciência e Tecnologia, que farão o diagnóstico de risco, a preparação comunitária, a análise geotécnica e o aperfeiçoamento do sistema de monitoramento e gestão, outras áreas do UNIFESO devem estar engajadas no Projeto, que é visto pela entidade como uma espécie de primeiro passo na mudança desta realidade de risco e fragilidade. “A Defesa Civil já nos disponibilizou as informações que já existem para o município, desde a parte de hidrografia, índices pluviométricos e estações meteorológicas, até as principais áreas de risco do município e com o questionário em mãos teremos com o trabalho de campo condições de proporcionar no futuro breve que em se concretizando desastres do tipo teremos consequências muito minimizadas”, explica a Reitora.
Assim, como explica a Reitora, a principal meta da Defesa Civil é poder definir, através dos graus de risco identificados, modelos específicos de acionamento de sirenes. “O Projeto vem de uma construção coletiva através de conversas entre representantes do poder municipal e da Academia, sendo três grupos de trabalho articulados entre si. Um primeiro fará o monitoramento e o sistema de gestão, um segundo o diagnóstico de risco e preparação comunitária e por fim a análise geotécnica. Assim será possível cruzar todos os dados e definir um novo protocolo, tanto de sirenes, quanto de planos de redução de risco mais específicos para o município. A questão das sirenes, por exemplo, hoje são acionadas com os parâmetros estaduais, será que são os nossos parâmetros? É isso que queremos entender. Ao todo, neste início de trabalho serão áreas de risco em vinte comunidades, mas há atividades programadas até o mês de dezembro deste ano. Vamos viver nove meses fazendo um trabalho de sistematização de dados, produção de novos índices e, desse movimento de extensão, já vislumbramos a possibilidade de pesquisa e da produção de inovação com esses dados que virão do projeto”, explica Verônica. Além destas premissas, o projeto pode proporcionar ainda identificar as prioridades reais para a concessão do aluguel social e programas de habitação, além de poder servir de inspiração para outros municípios, já que é pioneiro no Brasil. 

 

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