É comum que, além de temperaturas mais baixas, o inverno, seja marcado pelo aumento das doenças de transmissão respiratória, como a gripe. A estação do ano, que começou nesta sexta-feira (21), segue até o dia 23 de setembro. O vírus da influenza, causador da gripe, penetra no organismo principalmente através das mucosas, pele que reveste o nariz, da boca e dos olhos. Isso acontece principalmente em virtude da aproximação maior das pessoas em mais tempo em ambientes fechados. Além disso, o vírus convive melhor com temperaturas mais baixas. A Secretaria de Estado de Saúde (SES), responsável pela campanha de imunização contra a gripe, ressalta que, desde o dia 17 de junho, a vacinação está aberta a toda a população fluminense. Caso haja estoque disponível nos postos de saúde, a população poderá ser imunizada. Vale ressaltar que a proteção é contra três vírus da doença, entre eles o H1N1. Até o último dia 10 de junho, 1.230 casos de gripe foram notificados, sendo 90 de H1N1, com 33 mortes. A SES também dá dicas de prevenção contra a doença.
– Manter alguns cuidados básicos de higiene pode ajudar na prevenção da disseminação da gripe. Medidas como higienizar as mãos com água e sabão sempre que tossir ou espirrar, depois de usar o banheiro e antes de comer, tocar os olhos, boca ou nariz; usar lenços de papel descartáveis; não levar as mãos aos olhos, nariz ou boca após contato com superfícies; e proteger a boca e o nariz com lenços ao tossir ou espirrar são algumas delas – afirmou o gerente de imunizações da SES, Valter Almeida.
Ainda de acordo com o gerente de imunizações, outra ação importante é manter os lugares sempre arejados e recebendo a luz solar, pois ajudam a eliminar possíveis agentes das infecções respiratórias. Hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e a prática de atividades físicas também são fundamentais para a prevenção da influenza. – Se mesmo com as medidas de prevenção o cidadão apresentar febre febril, tosse e dificuldade para respirar – sintomas da gripe – é necessário procurar um serviço de saúde – lembrou o profissional.
Outra preocupação, a meningite
Além da gripe, a meningite, que é a inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, é uma doença típica do inverno no Brasil. Algumas ações simples como lavar as mãos com regularidade e evitar ambientes fechados e pouco ventilados podem evitar a doença que, em alguns casos, leva à morte. Crianças e idosos são mais suscetíveis aos sintomas da infecção.
Em 2019, segundo a Secretaria de Saúde, foram notificados 626 casos de meningites no Rio de Janeiro, entre virais e bacterianas, sendo 50 do tipo meningocócica, com 12 mortes. As do tipo viral, geralmente, não causam grandes complicações neurológicas e não necessitam de um tratamento específico. Já as meningites bacterianas são causadas pelos micro-organismos pneumococo, meningococo e hemófilos e exigem tratamento com antibióticos. A doença pode ainda ser transmitida por fungos ou parasitas.
Os sintomas mais comuns da meningite são febre, dor de cabeça intensa e contínua, vômitos, náuseas e rigidez na nuca. O diagnóstico é feito através do exame do líquor, líquido que banha o sistema nervoso. A cor do líquor indica se a meningite é por bactéria ou vírus. A demora no diagnóstico pode levar a sequelas como surdez, amputações e alterações neurológicas e pode levar à morte. A rede pública de saúde disponibiliza as vacinas pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, e pentavalente.