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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Queda de barreira preocupa moradores de Santa Cecília

Deslizamento ocorreu há quatro semanas e instabilidade do terreno atrasou ações no local

Marcello Medeiros

O intenso período de chuvas fortes, que teve início em dezembro e chegou às primeiras semanas de 2022 causou prejuízos em consequências de deslizamentos de terra e transbordamento de cursos d´água, sendo o de maior gravidade o registrado no quilômetro 84 da rodovia Rio-Bahia, no Vale da Revolta. Nesse caso, um volumoso montante de terra e pedras desceu em direção a estrada, atingiu um veículo e fechou totalmente a pista. Ninguém seu feriu. Outros bairros foram afetados em situações semelhantes, mesmo que em menor intensidade, e, até hoje, aguardam intervenção do poder público. Um desses exemplos é  Santa Cecília, que, coincidentemente, fica na face oposta do morro onde ocorreu o deslizamento no Vale da Revolta, a Serra dos Cavalos. Nesse caso, um grande escorregamento atingiu uma lixeira e se aproximou de residências na Rua Padre Feijó. Tal situação, segundo moradores, ocorreu há quatro semanas e, até esta quarta-feira, 26, não havia sido resolvida.
“Estou apavorada e decepcionada  com o que está acontecendo  na minha rua! A barreira  caiu na casinha  de lixo  há quatro semanas  e até hoje ninguém  fez nada, nem o Serviço  Público, nem a Defesa Civil, nem a Secretaria  de Saúde. Estamos  abandonados  com muito  ratos  e lixo  espalhado  pela rua, crianças  tendo  que passar no meio  dos  ratos e lixo. Moro com uma criança  pequena  correndo  riscos  de doenças”, relatou à redação do jornal O Diário e Diário TV (WhatsApp 2742-9977) a moradora Raquel Cruz de Oliveira. “Há tempos estamos reclamando disso, mas sem solução”, contou outro internauta, Carlos Thomé, também pelas redes sociais do Diário.
Nesta quarta-feira entramos em contato com a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, que negou a informação de negligência em relação ao atendimento solicitado pelos moradores da rua Padre Feijó. “Estivemos lá e a Defesa Civil também esteve. Mas acontece que só hoje recebemos o laudo e nos próximos dias vamos entrar lá para tirar a barreira. Fomos no primeiro dia, mas não tinha como a máquina acessar. Além de não ser 4×4, a terra estava muito pesada, terreno instável. Mas vamos fazer ainda essa semana”, explicou o secretário Davi Serafim.
O documento de vistoria da Secretaria Municipal de Defesa Civil indica que foi visualizado um pequeno deslizamento de solo na montante da Rua Padre Feijó,  que veio deslizar sobre a mesma. Ainda segundo a DC, foi lavrado um comunicado de risco para a moradora com residência no final dessa servidão, que não teve danos estruturais, e sinalizada a via para evitar a passagem de veículos e pedestres.
“Ffoi observado que na servidão a montante, segundo informação de solicitante, Raquel, há fluxo de água muito forte quando chove, favorável para esse tipo de acontecimento. Observada uma concentração de água de chuva em superfície precária o que pode ter contribuído para o fato ocorrido e não tendo a drenagem correta veio desabar”, informa a ainda o documento da Defesa Civil, destacando que não houve necessidade de interdição e que qualquer serviço que venha a ser realizado no local tenha participação do Crea e secretaria de Planejamento.

Em caso de emergência, ligue 199
A Secretaria Municipal de Defesa Civil tem em curso o “Plano Verão”, com o objetivo de mitigar problemas gerados comumente no período mais quente do ano. Em caso de emergência, a recomendação é que se ligue imediatamente para o telefone 199, que funciona no período de 24h. “Muita gente infelizmente tem o costume de primeiro postar em redes sociais e depois ligar para a Defesa Civil. O caminho da comunicação deve ser inverso”, pontuou, em entrevista recente ao Diário, o Coronel Albert Andrade, responsável pela pasta.

 

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Edição 27/11/2024
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