Luiz Bandeira
Em seu discurso de posse, realizado na última quarta-feira, 1º de janeiro, o prefeito Leonardo Vasconcellos destacou a educação como uma das prioridades de sua gestão. Entre a assinatura dos primeiros decretos e promessas de avanços no setor, o prefeito garantiu que irá reabrir instituições de ensino fechadas pelo governo anterior, que haviam sido prometidas para reforma, mas cujas obras ou não foram concluídas ou sequer iniciadas.
Entre as unidades afetadas estão escolas e creches fechadas com a justificativa de reformas, sendo os casos mais emblemáticos as escolas municipais Maçon Lino Oroña Lema, localizada na Rua Prefeito Sebastião Teixeira, no centro da cidade; Professora Acliméa de Oliveira Nascimento, anunciada como a futura “escola bilíngue do bairro de São Pedro”, anexa ao Tiro de Guerra; e Hermínia Josetti, situada na Rua Yeda, no bairro Tijuca, que sequer recebeu operários para o início das obras. Enquanto isso, a comunidade escolar, incluindo alunos, professores e funcionários, teve que ser realocada para prédios nem sempre adequados para o ensino.
Escola Maçon Lino Oroña
Fechada inicialmente devido a pandemia, em 2020 e, posteriormente, pelas condições precárias do prédio, a Escola Municipal Maçon Lino Oroña Lema foi incluída no plano de reforma do governo anterior. Contudo, o prazo para a conclusão da obra foi constantemente adiado. A empresa contratada para a reforma abandonou o projeto, alegando que o valor acordado era insuficiente, mesmo após receber parte do pagamento. A responsabilidade pela conclusão da obra foi herdada pela atual gestão.
Escola Hermínia Josetti
Em 27 de janeiro de 2023, uma reportagem do jornal O Diário alertou sobre os riscos que o prédio abandonado da Escola Municipal Hermínia Josetti representava para os moradores da Rua Yeda, no bairro Tijuca. Apesar das promessas de reforma feitas pelo governo anterior, nenhuma ação foi tomada, e o espaço permaneceu em completo abandono.
Escola Professora Acliméa
Apelidada de “escola bilíngue do bairro de São Pedro”, a Escola Municipal Professora Acliméa de Oliveira Nascimento também sofreu com atrasos. Em março de 2023, O Diário denunciou que as obras estavam “engatinhando” e que o prazo inicial de conclusão, previsto para aquele mês, havia sido prorrogado. A nova previsão indicava agosto de 2023, mas, até hoje, a reforma segue inacabada. Em português em inglês, a gestão Claussen nunca soube explicar o motivo de tanto atraso e desrespeito com os estudantes do bairro mais populoso do município.
Extinção do Presidente Bernardes
Em 2019, o governo anterior propôs o Projeto de Lei 047/2019, que previa a extinção de uma escola municipal que funcionava em parte do prédio do Presidente Bernardes, uma unidade estadual em São Pedro. A proposta gerou indignação entre os vereadores, que criticaram a iniciativa em um momento de crescente demanda por investimentos na educação.
CMEI Várzea
Em outubro de 2023, pais e responsáveis manifestaram preocupação após o imóvel alugado para o funcionamento do CMEI Várzea ser vendido pela proprietária. A administração municipal não informou se um novo espaço seria adquirido ou alugado, deixando a situação incerta. Muito tempo depois, foi desapropriada uma residência na Tijuca para receber essa unidade.
Compra de “prédio todo enrolado”
Em novembro de 2022, a secretária de Educação, Satiele Santos, foi sabatinada na Câmara Municipal para esclarecer denúncias sobre a aquisição de um imóvel envolvido em disputas judiciais com recursos do Fundeb na Rua Darcy Menezes de Aragão, na Várzea. Alegava-se que o valor pago pela Prefeitura seria o dobro do preço de mercado. Além disso, o imóvel estava hipotecado, e portanto não poderia ser adquirido, e por muito pouco não foi vendido em leilão. A situação segue na justiça.