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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Reajuste da passagem de ônibus em Teresópolis

Estudo técnico em planilha pede aumento para R$ 6,49

Wanderley Peres

A conta da energia elétrica aumentou 21% só esse ano. A gasolina quase dobrou de preço nos últimos dois anos. E o óleo diesel, que antes era subsidiado pelo governo, aumentou de forma igual também. Era de se esperar, então, que a passagem do ônibus também aumentaria de preço um dia. Mas, o que ninguém esperava, certamente, é o valor pedido pela empresa. Alegando dificuldades de manter o serviço, segundo planilha enviada à prefeitura, e que O DIÁRIO teve acesso a cópia do estudo técnico, o novo valor da passagem poderá ser de R$ 6,49, aumento superior a 50%.

A empresa confirma a necessidade urgente do reajuste do preço da passagem, confirmando que protocolou o pedido com a devida planilha de custos há mais de quatro meses, no final do ano passado. Na prefeitura, o assunto é evitado e, instada a responder sobre o aumento iminente, a assessoria de comunicação não soube informar, dizendo que a Procuradoria não teria ainda recebido o processo com o pedido, prometendo verificar com o gabinete do prefeito, resposta que até o fechamento da edição não chegou. O último reajuste, vale lembrar, foi de 10%, dado ainda no mandato passado do atual prefeito, que em janeiro de 2020 passou a passagem de R$ 4,00 para R$ 4,40, ao tempo em que implantava as linhas de baldeação, invencionice tosca que a justiça impediu depois de grande alvoroço e reclamação dos passageiros porque era uma das coisas mais estúpidas que já se experimentou por aqui.

Embora absurdo, o reajuste da passagem neste patamar, caso ocorra, ainda ficaria abaixo do aumento do óleo diesel no período, 77,5%. “Os efeitos da pandemia impactaram em todos os segmentos e, por consequência, toda a população, trouxeram as empresas de ônibus a uma situação dramática. A Inflação, beirando os 12%, fez o preço de alguns produtos dispararem, em certos casos muito além dos indicadores oficiais do governo. O óleo diesel, por exemplo, sofreu um aumento de 28,5% em relação a 2021 e de 77,6% em relação a 2020. Demais componentes como óleo de motor, lubrificantes e pneus tiveram reajustes na casa dos 80%”, justificou o pedido a viação Dedo de Deus. Diferentemente da grande maioria dos segmentos, as empresas de ônibus não reajustaram a tarifa, inviabilizando investimentos e tornando precário o serviço de operação das linhas, situação que só pioraria se o assunto não for tratado com a atenção que exige. Seria o caso de aumentar a passagem ou parar os ônibus, risco que já vem ocorrendo em outras cidades.

Em São Pedro da Aldeia, a empresa responsável pelo transporte público chegou a anunciar na última segunda-feira, 25, que os ônibus da Viação São Pedro deixarão de circular dentro do município a partir do dia 9 de maio por conta da “inércia do poder público ao longo dos anos”.

Em Nota, o grupo Salineira informou que “faltou planejamento  para a área de mobilidade urbana” e que “a empresa vem sofrendo com a concorrência desleal e predatória, obrigando-a readequação de linhas e horários”, quadro que se repete em Teresópolis, onde outras opções de transporte se expandiram de forma vultosa nos últimos dois anos, retirando dos ônibus boa parte dos passageiros pagantes, restando de forma desproporcional a gratuidade de passagem, desleal concorrência considerando que as 86 linhas de ônibus são operadas por empresa com cerca de 450 empregados, que cada dia custam mais caro, especialmente por conta das obrigações tributárias e trabalhistas.

Edição 02/05/2024
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