Marcus Wagner
Após a realização de uma reunião com o prefeito Vinicius Claussen na última terça-feira, 21, o Sindicado dos Servidores Públicos Municipais de Teresópolis (SindPMT) avalia que praticamente não houve avanços nas demandas da categoria sobre direitos e benefícios. De acordo com Kátia Borges, presidente do sindicato, há uma série de reivindicações que se arrastam há meses e o governo municipal se comprometeu em voltar a negociar após reavaliar a previsão de receitar e despesas para 2020.
A diretoria que venceu a eleição do ano passado prometendo lutar pela devolução das conquistas que foram perdidas nos últimos anos, como reajustes e benefícios como plano de saúde. De acordo com Kátia, a reunião teve longa duração devido à extensa pauta sobre várias pendências que ficaram do ano passado, inclusive o pagamento do 14º salário, mas o prefeito não ofereceu nenhuma solução. Nem mesmo o reajuste salarial para a Educação 12,84% determinado pelo governo federal está nos planos da prefeitura por enquanto.
“Uma das pautas foi a questão do reajuste do magistério que veio 12,84% que é considerável, mas não cobre ainda a defasagem do salário do professor que foi grande devido a três anos sem revisão geral. Não recupera tudo, mas começa a dar um avanço. A gente saiu de lá com a resposta de que será feita uma avaliação do impacto da Lei de Responsabilidade Fiscal, só que a gente precisa de uma resposta exata, um sim ou não, se vai fazer ou não, mas o governo não apresentou nenhuma proposta. Diante disso vamos fazer uma assembleia no dia 30 e conversar com a categoria que vai decidir o que vai ser feito”, disse a presidente do SindPMT.
Em relação ao plano de saúde, Kátia afirmou que pediu que sejam devolvidos pelo menos alguns serviços de forma gradual, mas também não houve resposta sobre o tema e também aguarda uma proposta. Além da assembleia para os professores no dia 30 de janeiro, o SindPMT também vai realizar outra para os demais servidores municipais no dia 6 de fevereiro para avaliar com a categoria qual vai ser a decisão a ser tomada com relação a esse posicionamento da prefeitura.
“Conversamos sobre o reajuste de 3,59% referente à quinta parcela do PCCS que deveria sair no pagamento de dezembro, mas escutamos a resposta sobre o impacto nas contas, que sabemos que é um limitador. Vai sair um relatório até o dia 30 e esperamos o resultado para ver. A gente sabe que as nomeações continuam, a gente acompanha, fizemos denúncia ao Ministério Público, estamos aguardando que tomem uma posição. O prefeito garantiu que caso o gasto com pessoal fique abaixo do fator limitador, vai pagar o retroativo. Tem outro reajuste em maio e ele disse que vai fazer”, explicou a sindicalista.
Na reunião, Kátia também levou a reclamação de servidores sobre condições de trabalho nas secretarias de Agricultura e de Serviços Públicos. Sobre a primeira, o pedido foi de disponibilização de banheiro químico para as equipes que fazem trabalhos externos o prefeito se comprometeu em viabilizar. Já na outra pasta a situação é mais grave.
“Na secretaria de Serviços Públicos, os funcionários têm reclamando muito de assédio, porque ficam de castigo quando chegam atrasados, quando têm problemas de saúde e precisam de tratamento. Nas outras secretarias não temos esse problema, mas nessa houve o maior número de transferências de funcionários por estas questões, então a gente quer começar o ano resolvendo essa situação. De fato não é uma característica do governo, mas desse secretário”, enfatizou a presidente.
Solicitamos um posicionamento da prefeitura quanto aos problemas apontados pelo SindPMT, porém não obtivemos resposta até o fechamento desta reportagem.
