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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Rio assoreado preocupa moradores da Cascata do Imbuí

Obra milionária foi abandonada e representa riscos para a comunidade

Marcello Medeiros

Moradores de uma das regiões mais afetadas na maior catástrofe ambiental do país, a que engloba os bairros de Campo Grande, Posse e Campo Grande, voltam a ficar preocupados em relação a possíveis perdas após fortes temporais – mesmo antes do período de Verão. O motivo é que o curso d´água que corta tais bairros está bastante assoreado em diversos pontos e nada lembra a milionária obra realizada pelo governo estadual no município nos meses após a Tragédia de 12 de Janeiro de 2011. Em alguns locais, como a Cascata do Imbuí, a impressão que se tem é que com qualquer chuva mais forte a água vai extravasar da grande canaleta que virou o Rio Príncipe. A situação já foi reclamada ao Instituto Estadual do Ambiente por diversas vezes, mas, até o momento, nenhum sinal que máquinas ou pessoal do INEA voltarão a trabalhar naquela região novamente.
Louis Capelle, um dos integrantes da AMA-Posse, mais uma vez utilizou sua página em rede social para denunciar o descaso com os bairros que, tanto tempo após as enxurradas e deslizamentos que causaram milhões em estragos e a perda de centenas de vidas, ainda sofrem tantos problemas por conta da incompetência político-administrativa de gestores públicos. “Moradores da Posse e da Cascata do Imbuí aguardam há anos a limpeza e manutenção do Rio Príncipe. Aqui não é um pedido! É um descaso! Quando vierem chuvas intensas transtornos acontecerão! Contar com a sorte até quando?”, questionou o morador, que em diversas oportunidades gravou com a reportagem do jornal O DIÁRIO e DIÁRIO TV sobre o tema.
A publicação acabou gerando outros comentários de moradores dessas comunidades cobrando atitudes de gestores municipais e estaduais. “Vamos fazer um manifesto urgente!”, enfatizou Adriano Ramires. “Isso é vergonhoso. Se eles quiserem em pouquíssimo tempo limpa esses valões que fizeram”, pontuou 
Joel Riquinho. “Estou ao seu lado, indignado com a falta de respeito e responsabilidade por parte dos gestores administrativos de nossa tão sofrida Teresópolis”, completou Gilson Medeiros. Na mesma página, morador de outro bairro que viveu situação parecida também gritou por socorro.  “Caleme tá desse jeito. Não previnem, depois não tem como remediar, estão esperando as chuvas para apagar tudo”, alertou o internauta Carlos Andrade.

Obra duvidosa
Transformar em galeria quase todo o curso do Rio Príncipe pareceu boa ideia para o INEA e chegou a ser visto com bons olhos por alguns moradores à época, diante da estética da obra apresentada. Porém, mesmo empiricamente, é fácil perceber que tal empreendimento foi totalmente contra o ambiente natural, suprimiu as centenas de espécies que viviam às margens e dentro do curso d´água e, inicialmente, somente serviu para deixar a água correr mais rápido em direção ao Paquequer. Ou seja, “que se resolvam” as comunidades localizadas a partir dali. Além disso, tal modelo de obra dificulta o acesso de equipamentos pesados e não impede o extravasamento em dias de chuvas mais fortes. E, do jeito que está hoje, muito pelo contrário.  Nesta terça-feira, entramos em contato com a Assessoria de Comunicação do Instituto Estadual do Ambiente buscando informações sobre possíveis serviços nessas comunidades, não obtendo nenhum tipo de resposta até o fechamento desta edição.

Paquequer
Já o trabalho de desassoreamento do Rio Paquequer chegou à altura da Praça Olímpica Luís de Camões, no centro da cidade. O serviço está sendo realizado há cerca de 40 dias pelo INEA. Para a realização da limpeza do rio, trecho da Rua Manuel Madruga, que contorna o espaço público, está interditado para a retirada de material do leito do rio e a circulação dos caminhões que fazem o trabalho. “A iniciativa acontece no período de estiagem, para evitar o transbordamento do Paquequer no verão, época das chuvas”, informou a Assessoria de Comunicação da Prefeitura na última semana. A dragagem começou no dia 23 de julho na altura da Secretaria de Serviços Públicos, perto da Rodoviária, na Várzea, e seguirá até o bairro Paineiras, numa extensão superior a dois quilômetros.

 

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Edição 23/11/2024
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