O Estado do Rio de Janeiro fará um projeto-piloto para testar a viabilidade da implantação de usinas eólicas offshore. Será o primeiro do país. A Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar, que coordena o trabalho, reuniu lideranças de mais de 20 empresas e associações dos segmentos de óleo e gás, logística portuária, geração de energia e indústrias para discutirem a criação do modelo na região Norte do estado.
– O Estado do Rio de Janeiro aponta para o futuro, que inegavelmente está na transição energética para uma matriz de baixo carbono. Temos um compromisso com a preservação do meio ambiente, com a descarbonização da economia. A formação do Grupo de Trabalho para o desenvolvimento do projeto-piloto da usina eólica offshore confirma nosso compromisso e nosso protagonismo na transição energética nacional – afirmou o governador Cláudio Castro.
Durante a reunião, o secretário de Energia e Economia do Mar, Hugo Leal, falou sobre a importância do projeto. E destacou ainda que uma das pautas prioritárias do Grupo de Trabalho da secretaria é a questão regulatória. A equipe técnica auxiliará e acompanhará o desenvolvimento de projetos que hoje tramitam no Congresso Nacional.
– O projeto-piloto é imprescindível para a avaliação, dentro de um ambiente controlado, de fatores como a viabilidade tecnológica, a redução de custos e as potencialidades para o desenvolvimento de projetos em larga escala. Poderemos fazer a medição dos ventos, verificar a capacidade de geração de energia, o desempenho das turbinas, assim como questões relacionados à fauna e à flora marinhas. Com a implantação de eólicas offshore, damos também um passo para a produção de hidrogênio de baixo carbono – explicou Hugo Leal.
O subsecretario técnico de Energia e Economia do Mar, Felipe Peixoto, destacou que Rio de Janeiro reúne diversos fatores que colocam o estado em vantagem competitiva com outras regiões do país.
– Temos enorme potencial para a geração de energia limpa. O Rio de Janeiro é o estado com a terceira maior costa do país, são 636 km. Temos ventos constantes e experiência em offshore acumulada ao longo de 50 anos com a indústria de óleo e gás, além de infraestrutura portuária – afirmou Peixoto.