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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Sem dragagem rios oferecem perigo de transbordamento em Teresópolis

O último trabalho de dragagem do rio Paquequer aconteceu há mais de um ano, na ocasião do programa “Limpa Rio”, executado pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) em janeiro de 2021

Luiz Bandeira

O último trabalho de dragagem do rio Paquequer aconteceu há mais de um ano, na ocasião do programa “Limpa Rio”, executado pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) em janeiro de 2021. Geralmente os locais de passagem da água das chuvas são limpos nos meses que antecedem o período de chuva, mas dessa vez o governo estadual e a prefeitura de Teresópolis, que deve se empenhar solicitando tal demanda, não se atentaram para os riscos. Como é sabido, o Verão é de grande volume de chuvas em Teresópolis, com muitos anos de registro de precipitação intensa durante todo esse período, com o transbordamento de cursos d´água e escorregamentos de encostas nas comunidades mais propícias a esse tipo de situação. Ainda com imagens da tragédia provocada pelas chuvas intensas na cidade de Petrópolis, nessa segunda-feira, 21, a equipe de reportagem do jornal O Diário de Teresópolis percorreu um trecho do rio na área urbana e identificou algumas possíveis causas para o flagrante assoreamento. No leito do Rio Paquequer é possível ver muito lixo doméstico, resíduos de jardim e industrializados como embalagens plásticas e pneus, por exemplo. Também flagramos o despejo de entulho de obra, de aterramento em alguns trechos das suas margens e esgoto, muito esgoto sendo despejado sem tratamento. A vegetação às margens do rio também está alcançando o curso d’água.


Não bastasse a mão pesada do teresopolitano, que finge desconhecer a importância desse rio e a sua responsabilidade em relação a tais problemas, faltam ações periódicas do poder público em toda a extensão do rio. O serviço de desassoreamento que não foi feito este ano, foi realizado ano passado em um pequeno trecho, na região da Várzea, abrangendo na época, quatro quilômetros deste importante curso d’água, estimado em aproximadamente 30 quilômetros a sua extensão. O Paquequer começa a sofrer com a ação do crescimento populacional desordenado a partir da ponte da Avenida Rotariana, ao lado justamente da portaria do Parque Nacional. Dali em diante, é agredido de toda forma, até desaguar no Rio Preto, em Providência.

Lixo é problema
A cobrança ao poder público deve ser constante, e essa é a principal função da imprensa livre, mas é necessário também conscientizar a população e cobrar sua responsabilidade. Constantemente, para descartar seu lixo, algumas pessoas não se preocupam em agredir o Paquequer. Como mau exemplo podemos lembrar um serviço feito a cerca de um ano e meio na Rua Beira Rio, entre os bairros de Araras e Beira-Linha, na ocasião deste serviço foram retirados vinte e seis caminhões carregados de lixo e entulho, descartados de forma irregular.
De acordo com a secretaria de Serviços Públicos, responsável pelo trabalho, o volume de detritos acumulado era tão grande que o serviço levou o dia todo para ser concluído e precisou ser executado com maquinário. Estivemos novamente na localidade e flagramos novamente muito lixo sendo despejados na margem do Rio Paquequer. O que esse cidadão precisa ter em mente é que a agressão ao rio pode gerar um mal bem maior a ele mesmo, quando o rio transbordar, provocando enchentes nos bairros e na região central, levando a prejuízos econômicos e até mesmo ceifando vidas. Apesar de evidentes agressões, ao longo de todo esse percurso há muita vida, muitas histórias que poderiam ser contadas.

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Edição 27/11/2024
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