O estado do Rio de Janeiro vai realizar um workshop na segunda-feira (17) para atualizar e padronizar os protocolos de controle do coronavírus. O secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos, afirmou que não há circulação do coronavírus em território fluminense, mas que a reunião é importante para que os municípios se antecipem e estejam preparados para o enfrentamento adequado. “Nós estamos nos preparando com tudo o que é necessário em termos de planejamento. Caso o coronavírus chegue aqui, poderemos fazer o enfrentamento adequado e não ter a população sob risco desnecessário”, explicou Santos.
Segundo ele, estarão presentes no evento todos os secretários de Saúde e subsecretários de Vigilância em Saúde municipais do estado, representações dos hospitais militares, universitários e privados. “A gente vai fazer a apresentação do plano de contingência, oficinas para deixar muito claro o fluxo de acompanhamento para diagnóstico, isolamento domiciliar, para internação, quem interna e quem não interna. Isso será amplamente debatido com todos aqueles que fazem a saúde do estado Rio de Janeiro, para que não haja nenhuma dúvida sobre o plano de contingência, que está absolutamente alinhado com o do Ministério da Saúde.”
Ainda não existe nenhum caso de coronavírus confirmado na América do Sul. Até hoje, quando houve o anúncio de uma nova metodologia adotada pela China, 60.364 casos foram contabilizados no mundo. Somente na China são 59.826 casos. O número de mortes chegou a 1.370 e 6.292 pessoas foram curadas. Na quinta-feira houve a maior confirmação de casos desde o início do surto.
Suspeitas no país
O Brasil tem, atualmente, seis pessoas suspeitas de ter o coronavírus Covid-19. Os dados foram atualizados pelo Ministério da Saúde na tarde desta sexta-feira (14). No dia anterior seis casos foram descartados – três em São Paulo, dois no Rio de Janeiro e um em Minas Gerais – e um foi incluído, no Rio Grande do Sul. Apesar da queda no número de casos suspeitos, o ministério evita considerar que o Brasil está livre de sofrer um surto. Para o secretário-executivo da pasta, João Gabbardo, a escala de contaminação pode ser lenta e ainda chegar ao país. Além disso, não se descarta a hipótese do constante aumento de casos na China e em outros países ainda trazer consequências para o Brasil. “O fato de ter passado 14 dias e achar que as pessoas que deveriam ter vindo da China já ficaram mais de 14 dias não significa que, futuramente, não venham pessoas, tanto da China como de outros países, e que possam ser portadores do vírus”, disse Gabbardo. “Porque à medida que o vírus crescer em outros locais, como Alemanha ou Estados Unidos por exemplo, essas pessoas virão para o Brasil e também poderão trazer a doença”.