Marcello Medeiros
Criada e mantida por um grupo de voluntários com o objetivo de incentivar a prática do cicloturismo na Região Serrana do Rio de Janeiro, a Rota Serra Verde tem se consolidado e a cada ano recebido mais visitantes interessados nas belezas do interior do estado. Com saída e chegada em Teresópolis, em 2025 ela foi percorrida por ciclistas de vários municípios e até de outros estados, como São Paulo e Minas Gerais. Para o próximo ano, a expectativa do grupo mantenedor do projeto é receber ainda mais gente. Por isso, a sinalização turística do trajeto está sendo reforçada. Na última quinta-feira (20), começaram a ser instaladas placas informando sobre pontos de interesse do viajante, que às vezes pode ‘passar batido’ sem reparar uma riqueza natural ou histórica.
Estão sendo instaladas novas placas para indicar ou sinalizar pontos como a Cascata do Conde D´Eu, em Sumidouro, o Sítio do Manel do Queijo, em Nova Friburgo, a Travessia Salinas x Frades e os núcleos do Parque Estadual dos Três Picos em Teresópolis e Friburgo. “Já instalamos várias placas e outras estão por vir, indicando locais que às vezes é preciso sair alguns metros para contemplar melhor e o ciclista acaba passando direto. Em outras, reforçando o nome e a história desses bonitos e importantes lugares”, pontua Gustavo Alves, um dos idealizadores do projeto.
Inspiração e belezas naturais
Inspirada no famoso Circuito de Cicloturismo do Vale Europeu, que anualmente leva milhares de pessoas para Santa Catarina, a Rota Serra Verde tem como objetivo mostrar que a Região Serrana do Rio de Janeiro também tem enorme potencial para atrair esse tipo de visitante. E pelo que se percebe, mesmo que empiricamente, muito mais belezas naturais e históricas, daquelas que costumam encantar aqueles que buscam uma vida mais leve e colorida do que a correria do cinza dia-a-dia nas grandes cidades. Afinal, temos aqui a Serra dos Órgãos, os Três Picos, icônicas construções do sistema ferroviário, rios caudalosos, lavouras diversificadas e um povo extremamente receptivo, entre tantas outras possibilidades nos municípios de Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo e Sumidouro, atravessados pelo circuito ciclístico.
Recursos para os municípios
Se para o cicloviajante atravessar túneis históricos, se refrescar em rios límpidos e cristalinos, sentir o cheirinho da lavoura ou contemplar formações rochosas impactantes será uma grande experiência de vida, para quem reside ou trabalha ao longo da Rota Serra Verde, o sucesso desse caminho pode representar aumento na sua fonte de renda ou mesmo a criação de negócios que ainda não existem, como mais pousadas e hotéis, bares e restaurantes, além de lojas de lembranças relacionadas ao percurso.
Saiba mais
A Rota Serra Verde tem 235 quilômetros de extensão e 4526 metros de altimetria acumulada, com ponto de partida na Praça da Matriz de Santa Teresa, na Várzea, e chegada no Mirante do Soberbo. Pode ser percorrida em até quatro dias, dependendo da disposição e tempo livre do cicloviajante. Saiba mais sobre o roteiro, pontos de parada, dicas de hospedagem e orientação no site www.rotaserraverde.com.br