Marcus Wagner
O começo do ano traz um grande número de obrigações financeiras e quem tem um orçamento restrito precisa definir a melhor estratégia para conseguir ficar em dia com seus pagamentos. O IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) é um dos principais itens da lista de contas a pagar e é preciso avaliar bem como estipular as prioridades. Para 2020, a prefeitura de Teresópolis oferece para quem pagar o imposto em cota única desconto de até 15%, porém o parcelamento pode ser considerado a melhor opção para muita gente, como indica o economista Newton Golek.
De acordo com o especialista, a dica principal é não prejudicar o orçamento doméstico: “Seja um desconto de 15% ou de 10% ainda é muito melhor porque a taxa de inflação foi de 4%, então vale muito a pena, mas depende se a família tiver condições de arcar com esse valor. Se o orçamento é restrito e, mesmo com esse desconto, vai pesar no orçamento, então parcele, porque você não vai pagar juros, apenas perde o desconto. A gente não pode determinar uma regra porque às vezes a família está apertada. Ainda sabendo que vai pagar a mais, em cotas pequenas vale a pena. Depende da situação financeira de cada família”, explicou Newton.
Oferecer desconto para pagamento em cota única é uma ferramenta que a prefeitura utiliza para conseguir arrecadar mais rapidamente, entretanto a falta de retorno para o contribuinte é outro motivo que desestimula a quitação antecipada: “Você deve também levar em consideração o custo benefício para ver que tipo de retorno você vai ter do prefeito para a sua cidade. É uma obrigação, você tem que pagar, mesmo sabendo que normalmente não tem retorno. O contribuinte é um consumidor do serviço prestado pela prefeitura. Quando você paga o imposto, você quer o retorno, quer andar em uma iluminada, não quer uma rua esburacada, quando chover não ter enchente, mas você não tem esse retorno, então o que eu falo é para pagar parcelado. Essa é minha opinião, já que infelizmente não há retorno”, enfatizou o economista.
Newton Golek também adverte que não se deve tomar empréstimo com o objetivo de pagar o imposto com o desconto, porque não há vantagem nessa operação: “Nenhum empréstimo vale a pena. Não se endivide, não procure instituições financeiras para pegar empréstimo para pagar o IPTU porque é um dinheiro que você vai jogar fora e vai pagar muito mais do que as cotas parceladas. Sou totalmente contra isso”.
Entrega dos carnês
Os carnês de IPTU de 2020 são entregues em sua maior parte pelos Correios e quem não receber até o dia 8 de janeiro poderá retirá-lo no balcão da Secretaria de Fazenda, montado no 1° piso da Prefeitura. A prefeitura informou que os valores deste ano sofreram um reajuste de 2,89%, repassando o valor do IPCA como foi feito em 2019, quando houve um acréscimo de 4,53%. O imposto é a principal fonte de receita da prefeitura para realizar pagamento de salários, obras e serviços à população.
Para o contribuinte que quiser fazer o pagamento em cota única, o desconto de 15% até o dia 31 de janeiro. Após esta data, o desconto cai para 10% com prazo limite de pagamento até o dia 28 de fevereiro, repetindo o que foi oferecido no ano passado, quando o governo Vinicius Claussen resolveu reduzir o desconto que era bem mais atrativo, chegando a até 20% em anos anteriores.
Quem preferir fazer o pagamento de forma parcelada, em dez cotas mensais, com vencimento até o dia 5 de cada mês, entre março e dezembro, porém não há desconto para essa forma de pagamento.
Atendimento
O balcão de atendimento para entrega dos carnês de IPTU funciona de segunda a sexta-feira das 9h às 18h. Para agilizar a localização do carnê, o contribuinte pode levar um carnê de anos anteriores ou o número da matrícula do imóvel. Para este ano, foram emitidos cerca de 60 mil carnês, dos quais 42.443 mil serão enviados por mala direta, através dos Correios, 20 mil a mais do que em 2019, de acordo com a prefeitura.
O contribuinte que desejar também poderá emitir o boleto para pagamento pelo site da Prefeitura de Teresópolis pelo endereço www.iptu.teresopolis.rj.gov.br.
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Economista afirmou que falta de retorno em benefícios sobre o pagamento do IPTU gera desestímulo à quitação antecipada