Segurança: 85 pessoas foram presas em Teresópolis somente no mês de janeiro

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Segurança: 85 pessoas foram presas em Teresópolis somente no mês de janeiro

Publicado: 05/03/2025

Grande maioria foi pega em flagrante. No primeiro mês do ano, 21 mandados de prisão foram cumpridos

Marcello Medeiros

Acabaram de ser divulgados os dados do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP-RJ) referentes ao primeiro mês do ano. O balanço é realizado em todas as delegacias do estado e, através das comunicações à PCERJ, se tem uma ideia do que está acontecendo na área da segurança pública nos 92 municípios da nossa unidade federativa. Em relação ao número de prisões realizadas em janeiro de 2025, os indicadores mostram que houve um aumento em Teresópolis em relação ao mesmo período de 2024. No último mês de janeiro foram 64 prisões em flagrante no município, enquanto que no ano passado o registro foi de 38 pessoas encaminhadas para a cadeia em decorrência de prisões realizadas em flagrante. Também no período, mais 21 pessoas terminaram no xadrez local em consequência de mandados de prisão expedidos pelo Judiciário, cinco a mais do que no primeiro mês de 2024. O levantamento estatístico da Secretaria de Estado de Segurança não detalha o motivo de cada prisão. O único delito pontuado diretamente na análise é o de tráfico de drogas, mostrando que em janeiro passado 26 moradores de Teresópolis perderam a liberdade em consequência do envolvimento com o ato ilícito, 10 a mais do que no primeiro mês de 2024. Em relação aos adolescentes, foram 10 casos de jovens que passaram pela DP e em seguida foram encaminhados para a Vara da Infância e Juventude por participação em atos análogos a crimes. Em 2024, foram 16 jovens apreendidos.
Entre as prisões registradas no primeiro mês de 2025, a de um morador da localidade de Vargem Grande, no Terceiro Distrito, flagrado portando um revólver calibre 38 em via pública. Cinco dias depois, em 13 de janeiro, policiais civis da 110ª DP prenderam um homem acusado de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil envolvendo uma suposta disputa entre facções criminosas. Ele também é suspeito de atirar contra o segurança de uma boate em Teresópolis e de atingir um dos frequentadores do local.

*Em janeiro, 21 pessoas terminaram no xadrez local em consequência de mandados de prisão expedidos pelo Judiciário, cinco a mais do que no primeiro mês de 2024. Foto: Reprodução*

Grandes operações contra bandos criminosos
Contribuíram para a escalada das prisões no período as duas etapas da “Operação Navalha”, envolvendo Ministério Público, através do Grupo de Apoio à Promotoria (GAP) e as Polícias Civil (110ª DP) e Militar (30º BPM) com objetivo de desarticular um bando criminoso que tem agido em alguns bairros do município tendo como foco dominar pontos de vendas de drogas e intimidar moradores e desafetos com a utilização de armas de fogo, além de desencadear outros delitos como roubos e assassinatos. No dia 08 de janeiro, dois homens foram presos na Quinta-Lebrão. Um deles, de 33 anos, é apontado como autor de homicídio no Matadouro, no ano passado.
Ainda segundo as informações divulgadas pelas forças de segurança, os assassinatos teriam sido ordenados pelo “chefe” da facção Comando Vermelho na comunidade da Quinta-Lebrão, o traficante conhecido como “Gorila” ou “Gorilão”, que atualmente está foragido na capital do Rio de Janeiro. “Cabe ressaltar que esses marginais vêm impondo uma verdadeira rotina de terror aos moradores da região mencionada, através das práticas criminosas mais nefastas, conforme vem sendo divulgado de forma ampla e reiterada pelos órgãos de comunicação”, destaca o Delegado Marcio Dubugras, titular da 110ª Delegacia de Polícia.
Cerca de 10 dias depois foi realizada a “Operação Navalha II”, com agentes das polícias Militar e Civil de Teresópolis batendo à porta de homens suspeitos de participação em bandos criminosos e envolvimento em crimes como assaltos, assassinatos e extorsão com o objetivo de expandir as quadrilhas. Os mandados de prisão expedidos pelo Judiciário foram cumpridos pelo 30º BPM e 110ª DP nos bairros da Quinta-Lebrão, Vale da Revolta, Meudon e São Pedro. A ação também teve apoio do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e Guarda Civil Municipal – com a guarnição K9, de cães farejadores.