Luiz Bandeira
Segundo a avaliação das forças de segurança que atuaram no município, o Carnaval de Teresópolis transcorreu com tranquilidade, dentro da normalidade, proporcionando aos munícipes e visitantes uma sensação de segurança. Embora algumas brigas e agressões entre grupos de jovens tenham sido flagradas por câmeras de celular, esses incidentes foram isolados, ocorrendo em locais fora do alcance da presença policial, principalmente em ruas adjacentes aos principais eventos e onde não havia policiamento ativo. Mesmo assim, alguns perfis nas redes sociais se queixaram da falta de controle sobre os “baderneiros”, apontando a ocorrência de várias brigas. No entanto, essa situação deve ser analisada com mais cuidado, uma vez que se trata de um problema cultural que foge ao controle da Polícia Militar.
Em entrevista realizada nesta quinta-feira (06), o Comandante do 30º Batalhão de Polícia Militar, Tenente-Coronel Ferreira, fez um balanço das operações realizadas por sua equipe durante o Carnaval. Para ele, a segurança foi eficaz e bem planejada: “Dentro da nossa avaliação, tudo foi muito bem planejado. Tivemos 11 pessoas detidas, sendo 10 menores apreendidos. Também houve apreensão de drogas, uma arma foi confiscada e valores substanciais foram apreendidos. Dentro do que foi planejado, as festividades ocorreram conforme o esperado e foi um sucesso”.
O Tenente-Coronel também destacou a preparação antecipada da corporação: “A nossa mobilização começou desde o início de fevereiro, seguindo as diretrizes do comando geral da corporação e do 7º CPA. Utilizamos a nossa subseção de aeronaves remotamente pilotadas do 30º batalhão para radiopatrulhamento aéreo, o que contribuiu para a melhor coordenação dos principais eventos tanto em Teresópolis quanto nas cidades com maior concentração de pessoas. E tudo foi um sucesso”.
Confusão na Várzea
Um vídeo divulgado no Instagram mostra policiais agindo para conter uma confusão, utilizado cacetetes. Tenente-Coronel Ferreira enfatizou ainda o controle da força policial durante os incidentes: “Foi empregado um uso comedido da força. Acredito que a Polícia Militar agiu com muita gentileza para evitar que essas badernas acontecessem, já que não eram festividades, mas conseguimos conter tudo dentro do esperado. Houve alguns eventos isolados que não trouxeram maiores repercussões, e foram rapidamente encerrados com a chegada da Polícia Militar. No caso dos baderneiros, a situação foi logo controlada, sem maiores complicações.”
O Comandante também reconheceu que, apesar dos esforços, a presença policial nem sempre foi capaz de evitar todos os episódios de desordem: “O nosso cobertor é curto e, por mais que tenhamos um policial em cada esquina, às vezes acontecem situações de baderna no meio da rua. Mas conseguimos agir rapidamente e não houve maiores intercorrências em relação a esse evento.”
Esquema de segurança segue ativo
Além das operações em Teresópolis, a Polícia Militar do estado do Rio de Janeiro fez um balanço das ações em todo o estado durante o carnaval. Entre sexta-feira (28) e terça-feira (4), mais de 400 pessoas foram presas, sendo 52 delas em cumprimento a mandados de prisão. O uso de câmeras de reconhecimento facial foi fundamental para identificar 12 dessas pessoas. Além disso, 58 adolescentes foram apreendidos. A maior parte das prisões foi motivada por furtos. O balanço ainda não foi concluído, já que a segurança do carnaval segue ativa até domingo (9), com mais de 40 blocos previstos para ocorrer na cidade do Rio, além do desfile das escolas de samba campeãs no Sambódromo, entre a noite de sábado (8) e a madrugada de domingo.
