Terminou nesta quarta-feira (17) o período de treinamentos da Seleção Feminina Olímpica no CT da Granja Comary, em Teresópolis, onde a equipe comandada pelo Técnico Arthur Elias estava há duas semanas em preparação intensa para os Jogos Olímpicos de Paris. O time, que tem entre os destaques a seis vezes melhor do mundo Marta, já embarcou para Paris. O jogo de estreia será no dia 25, contra a Nigéria. Depois, pela ordem, o Brasil enfrenta Japão e Espanha.
Ainda no ataque, outro nome muito falado nos treinamentos foi o da jogadora Ludmila. Ela se acostumou com a Amarelinha por seguidas convocações para a Seleção Sub-20. O melhor momento dessa fase inicial de sua carreira foi no Sul-Americano da categoria em 2014, no Uruguai. Na decisão contra o Paraguai, ela fez o gol do título. Agora, a atacante parte para sua segunda olimpíada e com bastante confiança. “Estou bem técnica e fisicamente e também mentalmente. Isso é fundamental. Sinto que o grupo também está nessa sintonia. Vamos em busca do nosso sonho”, disse.
A vivência olímpica de Ludmila começou em fevereiro de 2016, quando foi chamada para uma etapa de treinamentos na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), nos preparativos da Seleção Brasileira para a disputa dos Jogos do Rio. Depois, em 2021, fez parte da equipe que disputou as Olimpíadas de Tóquio. Uma das mais experientes da Seleção Brasileira, Ludmila foi a primeira brasileira a jogar no Atlético de Madrid. Isso se deu em 2017. A atacante, que antes de se iniciar no futebol, dedicava-se ao atletismo, tem como uma de suas principais características a velocidade.“Tenho valorizado cada momento desse período de preparação em Teresópolis, e aproveitado bem os treinos, que mesclam trabalho de força, explosão, com atividades de bola. A equipe está bem focada e vamos dar o nosso melhor na França.”
“Goleadora está pronta”
A também atacante Priscila já tem muita história para contar mesmo com uma carreira ainda curta, mas repleta de conquistas individuais e coletivas. Uma particularidade dela é que costuma ser eficiente em estreias. Ano passado, por exemplo, em sua primeira convocação para a Seleção Brasileira, entrou no intervalo de amistoso contra o Japão, em novembro, na Neo Química Arena, quando o placar era de 3 a 3, e fez o gol da vitória da Amarelinha. “Ali foi um momento de muita emoção. Comemorei bastante com minha família aquela estreia na Seleção com um gol nos acréscimos”, disse.
Antes disso, em outubro de 2021, Priscila já havia deixado sua marca na sua estreia como profissional, pelo Internacional. Num jogo contra o Elite, pelo Campeonato Gaúcho, foi escalada aos 20 minutos do segundo tempo e ainda teve tempo de fazer dois gols. Também pela Copa do Mundo Sub-20, em 2022, ela marcou o primeiro gol do Brasil na competição – foi no jogo contra a Austrália, que terminou 2 a 0 para a equipe.
Priscila viajou com Seleção Brasileira para os Jogos de Paris. Ela está na condição de suplente, podendo ter uma chance se alguma colega da lista de 18 inscritas sofrer uma lesão ou outro problema médico de mais gravidade. Seria sua estreia em Olimpíadas. “Estou aqui para ajudar a Seleção, se tiver a oportunidade, estarei pronta para jogar. Seria um sonho poder atuar e fazer outro gol numa estreia. Porém, o mais importante é o espírito de equipe, o coletivo, tenho que focar no que é melhor para o grupo”.