A Seleção Brasileira feminina dá continuidade à preparação para a Copa América, com o técnico Arthur Elias se juntando ao grupo e comando os treinos. As atividades têm alternado momentos em campo reduzido e simulações de jogo, com ênfase em organização para ações ofensivas e ajustes de transição defensiva. A Seleção segue concentrada na Granja Comary até 10 de julho, quando embarca para o Equador, para disputada da Copa América.
Quem tem aproveitado cada momento desses treinos é a meio-campista Kaylane, que se considera uma privilegiada de treinar com a Seleção principal do alto de seus 16 anos. A atleta acumula convocações na Seleção Sub-17 e já disputou competições como Sul-Americano e Copa do Mundo da categoria. Ela faz parte do grupo convocado pelo técnico Arthur Elias para integrar o período de treinamentos na Granja Comary, junto com o elenco que vai disputar a Copa América, e se declara uma admiradora da forma como Arthur Elias faz a gestão do elenco. “A abertura que ele dá para nós, por mais que a gente esteja na Seleção principal, ele deixa a gente livre, bem à vontade mesmo. Acho isso muito bom para o nosso desempenho dentro e fora de campo”, disse ela, que destaca como a conduta e estilo de jogo do técnico promovem a confiança das jogadoras.
“Ele tem um estilo de jogo muito diferente, muito intenso. Por mais que nós sejamos novas, viver essa experiência é sempre muito bom, estar do lado de grandes estrelas, de grandes craques, como a Marta. Está sendo muito gratificante para mim”, disse.
Perguntada sobre a iniciativa da comissão técnica de promover a integração das atletas mais experientes com as mais jovens, Kaylane não foge da responsabilidade e revela o que tem a agregar ao Seleção principal. “Sou rápida, de driblar, ir para cima, chutar no gol. É ter coragem dentro de campo”, disse.

Domingo com “quiz”, treino indoor e visita da família
A comissão técnica e o Núcleo de Saúde e Performance promoveram um dia especial para as jogadoras da Seleção Brasileira Feminina. As atividades foram acompanhadas pelos familiares das atletas. A psicóloga da Seleção, Luciana Angelo, explica que esse momento em que as famílias podem estar próximas das jogadoras traz a sensação de importância e valorização em suas carreiras. “É uma profissão dura, que exige responsabilidade, e que muitas vezes tira as jogadoras do convívio familiar, da rotina, dessa presença que a gente tanto valoriza e estimula quando estamos perto da família. Então, tê-los aqui faz com que possam reconhecer, enaltecer e valorizar essa profissão, que é de máxima importância para nós”, explicou.
O trabalho de domingo teve carga física controlada, para que no período pudessem ser estimulados outros aspectos. A manhã começou com um “quiz” para testar os conhecimentos das atletas no universo a que pertencem: o futebol. Todos os departamentos do Núcleo de Saúde e Performance formularam perguntas: nutrição, medicina, psicologia, fisioterapia e fisiologia. A nutricionista da Seleção, Tiemi Saito, conta que habilidades diferentes foram desenvolvidas com as atividades.