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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Sem o décimo terceiro, servidores municipais podem entrar em greve

Categoria mantém protestos contra o gestor municipal, que continua sem receber a categoria

Marcello Medeiros
Luiz Bandeira

Mais um dia de protesto contra o governo Vinicius Claussen. Sem receber o décimo terceiro salário, que deveria ter sido pago no último dia 20, e sem perspectiva sobre o pagamento do próximo salário, os servidores municipais realizaram, nesta quinta-feira (26), mais uma manifestação. Dessa vez, ocuparam a Avenida Feliciano Sodré e o hall do Palácio Teresa Cristina, a prefeitura, cobrando um posicionamento do prefeito e sua equipe de alto escalão – que após anos defendendo a unhas e dentes o “gestor”, inclusive em ferrenhas discussões nas redes sociais, passou a não atender a categoria.

Categoria tem reclamado que há meses a “gestão” não trata de maneira adequada quem mantém a prefeitura funcionando. Assista no Youtube o vídeo completo


Alexandre Vieira, Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresópolis (SindPMT), falou sobre a falta de respeito com a categoria que manteve a prefeitura funcionando mesmo sem nunca ter recebido a devida atenção ocupante da cadeira principal do executivo. “Para a gente foi um Natal muito triste. A todo momento nós estivemos tentando contato com o prefeito, não conseguimos, viemos aqui várias vezes para conversar também com o secretário Vinicius Oberg, também não conseguimos, até que por fim ele mandou uma mensagem para a gente dizendo que eles estavam pagando já os cargos e os comissionados o que deu a entender que ia sair o dinheiro dos servidores, mas infelizmente quando foi às 17h do dia 20 ele me ligou informando que não poderia pagar o 13º do servidor porque a Águas da Imperatriz não fez o repasse para eles. Só que eles têm que entender o seguinte, o servidor não trabalha para a Águas da Imperatriz, o servidor trabalha para a Prefeitura Municipal de Teresópolis, ai é o que a gente fala, o prefeito antes afirmava que tinha dinheiro e não tinha gestor, hoje não tem dinheiro e não tem gestor”, frisou Alexandre, citando ainda o drama de aposentados indo para os bancos tentar receber o dinheiro que têm direito.
Diante da situação, no próximo dia 06 de janeiro, às 18h30, será realizada uma Assembleia Geral Extraordinária, na sede do Sindicato, para ativos e aposentados, para discutir o “indicativo de greve” e próximas ações da categoria. “O servidor tem que vir para a rua, não ficar dentro de casa esperando sentado não. O governo Vinicius Claussen acabou, um dos piores governos que nós já tivemos. Pagar em dia é obrigação dele e vocês botaram isso na cabeça de vocês, ele enganou vocês, nós sempre falamos, então agora vem para a rua vamos brigar pelos nossos direitos”, pontua Alexandre.

Pela quinta vez, desde a última sexta-feira, funcionalismo municipal nas ruas em protesto contra o “gestor” Vinicius Claussen. Foto: Duda Maia / O Diário

“Dinheiro tem, falta gestor”
Carol Quintana, do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE), falou ao Diário sobre mais um dia de “portas fechadas para o servidor”: “Até agora se posicionou, a gente tá esperando que os secretários apareçam, mas parece que só o secretário Fabinho tá aí. A gente está ainda em contato com Oberg, na verdade a gente queria mesmo ser recebido pelo prefeito Vinícius Claussen, que ele nos dê uma satisfação porque até agora silêncio total por parte dele, só aquele comunicado na imprensa que ele fez, condicionando o não pagamento décimo terceiro dos servidores ao não pagamento da segunda parcela da outorga da água o que é inadmissível, porque o décimo terceiro ele já tá na folha de pagamento do orçamento anual da Secretaria de Planejamento, então você não pode condicionar um pagamento de um direito à venda de qualquer tipo de empresa pública, e até agora o que a gente recebeu foi um puro silêncio”.
Quintana citou ainda a frase de campanha de Vinicius Claussen, que por anos usou como muleta os prefeitos anteriores e prometeu um governo diferente, o que não ocorreu. “Vinicius sempre se gabou de dizer que o problema não era o dinheiro, o problema era a gestão. E ele finaliza o seu mandato com esse ataque brutal os direitos do funcionalismo público, do não pagamento do décimo terceiro salário e nos espanta também saber que a educação ela tem recurso, a gente tem na conta hoje do Fundeb, que é um fundo de financiamento da educação, mais de R$ 11 milhões, dinheiro que ele daria conta da folha de pagamento do décimo terceiro da educação, então a gente também não entende como que ele com dinheiro em conta não quis acertar, pelo menos, parte da categoria, deixar alguns trabalhadores receberem o seu décimo terceiro, ter um Natal farto”.

Servidora pede apoio
Ana Paula de Miranda, professora do ensino fundamental, fez um apelo à população de Teresópolis. “Não estamos apenas reivindicando o nosso 13º, mas pedindo apoio para que todos se unam em prol de uma cidade que merece mais. A situação é crítica, com escolas em obras há anos e serviços públicos em colapso. Precisamos de uma gestão que se preocupe com a população”, enfatizou ao Diário, mencionando os ainda os desafios enfrentados pelos garis, que estão passando por dificuldades financeiras e sendo obrigados a pedir contribuições. Até o fechamento desta edição, a gestão Claussen não havia se pronunciado sobre a preocupante situação.


Edição 28/12/2024
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