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Servidores do Rio protestam contra atraso de salários de aposentados

Servidores aposentados, professores e estudantes fazem manifestação no Largo do Machado contra o atraso no pagamento de salários Tomaz Silva/Agência Brasil Servidores do Rio de Janeiro, principalmente da área da Educação, protestaram nesta terça-feira (8) contra o atraso nos salários dos aposentados e pensionistas, em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual. A manifestação chegou a fechar os dois sentidos da Rua Pinheiro Machado, onde fica o Palácio. O clima pacífico, que durou a maior parte do tempo, foi quebrado no fim da tarde, após confronto entre alguns manifestantes e policiais, que chegaram a atirar bombas de efeito moral e spray de pimenta.

 

Flávia Villela – Repórter da Agência Brasil 
Servidores aposentados, professores e estudantes fazem manifestação no Largo do Machado contra o atraso no pagamento de salários Tomaz Silva/Agência Brasil
Servidores do Rio de Janeiro, principalmente da área da Educação, protestaram nesta terça-feira (8) contra o atraso nos salários dos aposentados e pensionistas, em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual. A manifestação chegou a fechar os dois sentidos da Rua Pinheiro Machado, onde fica o Palácio. O clima pacífico, que durou a maior parte do tempo, foi quebrado no fim da tarde, após confronto entre alguns manifestantes e policiais, que chegaram a atirar bombas de efeito moral e spray de pimenta.

Os manifestantes tentaram contato com representantes do governo, mas receberam a resposta de que nenhum representante do Executivo estava disponível para recebê-los.

A coordenadora-geral do Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe), Marta Moraes, informou que os atos continuarão até que a categoria seja atendida por alguém do governo. “Disseram que estão todos em Brasília. Somos milhares de servidores sem salários, sem ter como sobreviver amanhã”, disse.

Professora de ciências e matemática aposentada, Sandra Maia, 62 anos, disse que serviu a rede estadual de ensino durante 33 anos. “Hoje, aposentada e doente, estou dependendo da ajuda de filho. Tomo um remédio que dura 28 dias e custa R$228 a caixa. Mas eu, pelo menos, tenho filho. Há pessoas que estão passando fome, sem dinheiro para comprar remédio”, disse Sandra, que veio do município de Campos de Goytacazes, norte fluminense, somente para o ato. “Apesar da idade e da falta de dinheiro, acho que ainda vale a pena lutar”.

Estudante de uma escola estadual em Itaboraí, região metropolitana, Ellen de Freitas Antunes participou do ato com outros alunos para protestar contra o que chamou de sucateamento do ensino público.

“Estamos aqui lutando por uma educação melhor, mais justa. Ameaçaram fechar escolas, acabar com passe livre, que de livre não tem nada, não temos acesso à cultura, falta uniforme para ir para a escola e muitas vezes o motorista não nos deixa passar sem uniforme”, disse Ellen, que é diretora da Associação de Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro da Baixada Litorânea.

O ato também recolheu doações de alimentos para distribuir para servidores que enfrentam dificuldade para sobreviver sem os salários. Em frente ao Palácio também estavam alguns servidores da área da Saúde, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e do Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado (Muspe) que protestaram contra a política do governador Luiz Fernando Pezão. Para simbolizar o fim do governo que instaurou o estado de calamidade pública no estado, os servidores levaram um caixão de papelão e simularam a cremação do governador em frente ao Palácio.

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Edição 22/11/2024
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