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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Servidores municipais de Teresópolis iniciam movimento grevista

Há um ano convivendo com os salários em atraso, chegando a ficar dois meses sem ver nenhum centavo em suas contas, os servidores públicos municipais iniciaram nesta terça-feira (10) movimento de greve geral. Seguindo o que foi aprovado em assembleia na semana passada, eles ficam de braços cruzados até que seus vencimentos voltem a ser regularizados. O último salário em dia aconteceu em outubro do ano passado, quando o atual gestor estava em campanha eleitoral.

Marcello Medeiros

Há um ano convivendo com os salários em atraso, chegando a ficar dois meses sem ver nenhum centavo em suas contas, os servidores públicos municipais iniciaram nesta terça-feira (10) movimento de greve geral. Seguindo o que foi aprovado em assembleia na semana passada, eles ficam de braços cruzados até que seus vencimentos voltem a ser regularizados. O último salário em dia aconteceu em outubro do ano passado, quando o atual gestor estava em campanha eleitoral. “Peço desculpas e apoio de toda a população, mas infelizmente recebendo salário de dois em dois meses não dá. A vida financeira do servidor está um caos. Ontem inclusive perdemos um funcionário aposentado, seu Pérsio, que inclusive essa semana foi pedir uma cesta básica no sindicato porque não tinha o que comer em casa. Esse governo covarde está matando o servidor público, principalmente os aposentados”, explica Andréa Pacheco, Presidente do SindPMT.
Grande número de servidores ocupou a área entre o Palácio Teresa Cristina e Câmara mais uma vez, uma cena que tem sido bastante comum nos últimos anos. Não participam do movimento grevista esta semana os professores e pessoal de apoio das escolas, visto que os estabelecimentos de ensino já estavam com grande programação para a “semana da criança”. A partir da próxima segunda, porém, a expectativa é de grande adesão também da categoria. 
Em entrevista ao jornal O DIÁRIO e DIÁRIO TV nesta terça-feira, a Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais explicou como ficará o esquema de trabalho nas secretarias, visto que obrigatoriamente parte do serviço tem que ser mantido. “A saúde não pode parar, por conta de decisão judicial temos que manter 75%. Na educação 70%, mas creches todas irão parar porque não compromete o ano letivo, alguns professores do 5º e 6º ano também porque é mais fácil repor aula. Nos postos de saúde os PSFs continuam vacinando, mas o Cemusa não vai funcionar. O Ethel e o 24h de Bonsucesso tem que funcionar, assim como os carros que levam pacientes para quimioterapia continuará atendendo. Vamos evitar o máximo possível de prejudicar a população, mas não dá para trabalhar sem salário, o servidor não tem condições e sequer vale transporte para se dirigir ao local de trabalho”, destaca Andrea, lembrando ainda que o teresopolitano prejudicado com a prestação de alguns serviços deve reclamar diretamente com o prefeito (O empossado com liminar Mário Tricano ou o interino Sandro Dias). “Os prefeitos vieram demostrar que querem destruir Teresópolis e matar a população. O servidor não tem culpa, não dá para trabalhar sem salário, sem ter como chegar, sem ter o que comer… Na sexta-feira depositaram R$ 350 referentes ao salário de agosto, lembrando que setembro já está vencido e outubro caminhando. E, com esse valor, muita gente que tem empréstimo no banco não recebeu nada”, completa.
O SindPMT tem recebido doações de cestas básicas de empresários, alimentos que têm sido doados aos servidores em situação crítica. Diferente de alguns comerciantes e apoiadores da categoria, o prefeito interino Sandro Dias sequer atendeu os manifestantes, e, de acordo com o que vem sendo denunciado pela categoria, vem mantendo a mesma política do titular da cadeira. Ou seja, utiliza o dinheiro em caixa para pagar fornecedores e “amigos”. “É sempre a mesma história, inclusive o Sandro nunca sequer nos recebeu. Em toda manifestação a gente pede para receber a Diretoria e uma comissão, mas ele não recebe. Ele simplesmente não paga a gente, só amigos fornecedores e contratos, deixando o servidor morrendo de  fome”, enfatiza Pacheco.

 

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Edição 23/11/2024
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