O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Teresópolis, ajuizou ação civil pública, com pedido de liminar, contra o Município de Teresópolis para suspender o show do cantor Leonardo, previsto para o dia 21/09, ao custo de R$ 800 mil aos cofres públicos.
A ação ressalta que o município de Teresópolis decretou recentemente estado de calamidade financeira, reconhecendo dívidas de aproximadamente R$ 700 milhões, além de haver atrasos em salários, verbas rescisórias e repasses a hospitais conveniados ao SUS. O documento aponta ainda a necessidade de implementar políticas públicas básicas de saúde e assistência social. Nesses casos, destaca a promotoria, a “falta de dinheiro” foi a razão apresentada ao Ministério Público e aos credores para o não cumprimento de obrigações e deveres assumidos. “Não se trata de impedir manifestações culturais, mas de coibir gastos desproporcionais enquanto serviços básicos permanecem desassistidos”, afirmou o promotor de Justiça Rafael Luiz Lemos de Sousa.
Nota Oficial
“Sobre a notícia veiculada em alguns meios de comunicação a respeito de ação movida contra a realização da FEPORT 2025, a Prefeitura de Teresópolis esclarece: É absolutamente FALSA a informação de que o Município se encontra em estado de calamidade financeira. O decreto que tratava desse tema teve vigência limitada e encerrou-se em meados do ano. Quanto ao cachê do artista Leonardo, trata-se de valor totalmente compatível com a média praticada no mercado para artistas de mesmo porte, relevância e popularidade. Eventuais variações em outros contratos decorrem de fatores usuais, como data do show, logística de equipe, deslocamento, hospedagem e demais custos operacionais. A FEPORT 2025 é promovida em colaboração com o Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura, e com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da FUNARJ. Estas parcerias viabilizam o evento e garantem a absorção da maior parte dos custos. A Prefeitura reafirma sua postura de responsabilidade fiscal e austeridade na gestão dos recursos públicos, sem abrir mão do compromisso de restabelecer investimentos no desenvolvimento econômico, através da valorização da cultura, do turismo e do direito ao lazer da população – direitos que ficaram por anos negados e que agora são novamente assegurados” informou a Prefeitura de Teresópolis.