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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Stalking em Teresópolis: Porteiro de condomínio foi atacado com adaga

Segundo as investigações, agressor vinha ameaçando a vítima há bastante tempo; Delegado detalha o caso e as implicações legais do crime

Luiz Bandeira

Uma discussão que teve início com ameaças e xingamentos quase terminou em morte em um condomínio na Várzea, sendo vítima uma pessoa que mora e trabalha como porteiro nesse local. Segundo a polícia, o desentendimento entre ele e o acusado, morador do prédio, teve origem em um suposto furto relatado pelo agressor, que acusa o porteiro e seu irmão de terem cometido um crime de furto. As ameaças e xingamentos evoluíram para uma grave lesão corporal, quando o morador atacou o porteiro com uma arma branca, uma adaga. O autor das agressões foi preso no último domingo (09), acusado do crime de stalking.
Nesta terça-feira (11), conversamos com o Delegado Titular da 110ª Delegacia de Polícia, Márcio Dubugras, que detalhou como se deu o crime que resultou na prisão do agressor. O delegado informou que a prisão ocorreu quando um policial civil, vizinho dos envolvidos, foi acionado para conter uma agressão física. “Um policial, que reside no mesmo prédio, foi informado de que um morador estava tentando agredir o porteiro com uma faca. Ele se dirigiu imediatamente ao local e encontrou o porteiro ferido, com o agressor detido e uma adaga no local”, relatou o Delegado. Diante da cena, o policial solicitou reforços e uma equipe foi enviada, onde foi apurado que o morador vinha ameaçando e xingando o porteiro de forma constante nas últimas semanas. Além disso, há uma denúncia de que o agressor teria atirado uma garrafa de vidro tentando atingir a mãe do porteiro, que também mora no prédio, entre outras ações delituosas.

O agressor foi conduzido à delegacia, onde recebeu voz de prisão pelos crimes de stalking e lesão corporal, devido à conduta reiterada de ameaças e xingamentos contra o porteiro. “Naquele momento foi arbitrada uma fiança de R$ 7.500, conforme a legislação vigente. Após algum tempo, ele pagou a fiança e agora responde ao processo em liberdade”, informou a autoridade policial do município.

Homem pagou fiança de R$ 7.500 e foi liberado ainda no domingo, seguindo o que prevê a Legislação. Porém, qualquer nova ação pode render novo encaminhamento à 110ª DP e posteriormente para unidade prisional da Polinter, no Rio de Janeiro. Foto: Marcello Medeiros / O Diário

Suposto furto e perseguição
De acordo com as informações obtidas pela Polícia Civil, a motivação para a fúria do morador seria um suposto furto cometido pelo porteiro, que nega a acusação. Sobre a situação, o Delegado explicou que “há registros na delegacia, feitos pelo próprio porteiro, sobre ameaças e xingamentos anteriores. O morador alega que o porteiro teria entrado em sua casa e furtado algumas joias, mas até o momento essa acusação não foi comprovada. Essa, portanto, seria a alegada motivação para as ameaças e os xingamentos. A investigação está em andamento, mas, como disse, até agora não há provas de que o furto tenha de fato ocorrido”.

Nova prisão pode ocorrer
Caso o morador do condomínio localizado na Várzea volte a agredir o porteiro, por menor que seja a ação, ele será novamente preso. “A prisão dele pelo crime de stalking demonstra que ele vinha tendo uma conduta reiterada nesse comportamento. Se ele cometer qualquer nova agressão, seja ameaça ou xingamento ao porteiro, será preso novamente pelo crime de stalking, pois já foi comprovada a reiteração dos atos. Nesse caso, uma nova fiança será arbitrada, com valor superior ao anterior. Se ele pagar a fiança, responderá em liberdade; caso contrário, permanecerá preso”, explicou o Delegado. Em vídeo que vem circulando nas redes sociais, o homem aparece praticando vários insultos contra a vítima, inclusive “que seria ladrão”.

Sobre o crime de stalking
O stalking refere-se à perseguição contínua e repetida de uma pessoa, por qualquer meio, com o intuito de ameaçar sua integridade física ou psicológica. Trata-se de uma forma de agressão tanto psicológica quanto física. O stalking pode ocorrer de maneira presencial ou virtual.A sanção para tal é de reclusão de seis meses a 2 anos, além de multa. A pena pode ser aumentada de metade se o crime for cometido:  – Contra criança, adolescente ou idoso; – Contra mulher por razões da condição de sexo feminino; – Mediante concurso de duas ou mais pessoas; – Com o emprego de arma.

Edição 21/02/2025
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