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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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STF confirma punições previstas para quem beber e dirigir

“É preciso defender a legislação que já salvou a vida de milhares de brasileiros e evitou lesões em centenas de milhares”, destaca Hugo Leal, autor da Lei Seca

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira, 19, manter a validade da aplicação de multa para os motoristas que se recusam a fazer o teste do bafômetro. A Corte também validou a proibição da venda de bebidas alcoólicas às margens de rodovias federais. A Corte julgou um recurso do Detran do Rio Grande do Sul para manter a aplicação de multa contra um motorista que foi parado em uma blitz e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ele foi multado e recorreu à Justiça para alegar que não pode ser punido ao se recusar a soprar o bafômetro. Também estava em análise dois recursos de entidades que representam o setor do comércio contra alterações na legislação de trânsito que proibiram a venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos que ficam às margens de rodovias federais.
Pelo Código de Transito Brasileiro (CTB), o motorista que se recusa a ser submetido ao teste está sujeito à multa gravíssima de R$ 2.934,70 e pode ter a licença para dirigir suspensa por 12 meses. Atualmente, a tolerância é zero para qualquer nível de álcool no organismo. No primeiro dia do julgamento, o presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, relator do caso, votou por manter as sanções contra quem recusa o bafômetro e a proibição de venda de bebidas alcoólicas nas rodovias. Na sessão de ontem, os demais ministros seguiram o entendimento do relator. Votaram nesse sentido os ministros André Mendonça, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Nunes Marques também julgou a multa constitucional, mas divergiu sobre a proibição de vendas de bebidas ao longo das rodovias.
Autor da Lei Seca, o Deputado Federal Hugo Leal participou do julgamento da a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4103), movida pela associação de bares e restaurantes para derrubar a legislação. “Como a sociedade brasileira sabe, a Lei Seca salva vidas. Estive lá como autor da Lei Seca e como advogado, para defender a legislação que já salvou a vida de milhares de brasileiros e evitou lesões em centenas de milhares, ao lado de entidades médicas e de vítimas de trânsito”, informou Hugo ao jornal O Diário nesta quinta-feira, 19.

Edição 23/11/2024
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