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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Teresópolis: 110 hectares destruídos pelo incêndio criminoso

SMMA investiga autoria do crime ambiental. Núcleo do Parque Montanhas ficará fechado nos próximos dias

Marcello Medeiros

Nesta segunda-feira (16), a direção do Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis voltou a campo para calcular o tamanho da área destruída por um incêndio criminoso que teve início na noite da última quinta-feira (12) e se estendeu até a tarde de sábado (14). Em um prejuízo ambiental de valor incalculável, viraram cinza 110 hectares. A maior parte está na sede Pedra da Tartaruga da unidade de conservação ambiental. Devido às condições causadas pela longa estiagem e muito vento, as chamas rapidamente destruíram praticamente todo o entorno da montanha símbolo do PNMMT, passaram pela Pedra do Camelo e chegaram até o vale do Arrieiro. O combate aos pontos de incêndio foi realizado pelas equipes do PNMMT, IBAMA/Prevfogo, INEA (Parque Estadual dos Três Picos e APA Frades) e do 16º Grupamento de Bombeiros Militar, inclusive com a utilização de uma aeronave do CBMERJ.
“Esse incêndio causou grande impacto ambiental, destruiu toda área de floresta e uma área de pasto que era preservada, protegida como área de visitação. Ainda estamos contabilizando o prejuízo para fauna e flora. Sabemos que, entre o que havia estudo em curso, de espécies endêmicas de orquídeas, exclusivas da sede Tartaruga. Ao longo do tempo vamos retornar aos pontos para saber se ainda existem algumas lá. Outro problema é em relação ao fator social. Com as chuvas fortes, de primavera e verão, essas áreas queimadas podem vir a se movimentar, gerar deslizamentos e afetar casas no entorno da Pedra da Tartaruga”, explica o Chefe do PNMMT, o Biólogo Vitor Cunha.

“Em relação aos fatos que iniciaram na quinta-feira, estamos investigando para encontrar o grupo ou pessoa que provocou e vamos punir, levar aos rigores da lei”, destaca Vitor Cunha, Chefe do PNMMT

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente informou ainda nesta segunda que segue investigando os culpados pelo crime ambiental que acometeu o Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis. “Alertamos mais uma vez que as pessoas não coloquem fogo em nada, não façam queimada, não queimem lixo, não façam nada que possa gerar fogo, principalmente nesse período crítico em todo o país. É crime ambiental passível de multa. Em relação aos fatos que iniciaram na quinta-feira, estamos investigando para encontrar o grupo ou pessoa que provocou e vamos punir, levar aos rigores da lei”, destaca Vitor.

Tartaruga fechada
A Sede Pedra da Tartaruga segue fechada nos próximos dias e a Sede Santa Rita terá seu funcionamento normalizado na terça-feira, 17. Além de ser impossível calcular prejuízo para fauna e flora, nascentes afetadas, qualidade de vida da população prejudicada e risco para moradores do entorno, o incêndio destruiu sinalização e acessos dos atrativos turísticos – entre eles a principal passarela da trilha que leva ao Mirante da Pedra da Tartaruga.

Exemplo a ser seguido
Qualquer incêndio florestal deve ser lamentado e os responsáveis, se possível, identificados e responsabilizados criminalmente. No caso do PNMMT, o motivo para ficar triste é ainda maior. A região hoje protegida por um parque de âmbito municipal por muitos anos sofreu com a mão pesada do homem e, se não fosse a assinatura do Decreto 3.693/2009, de 6 de julho daquele ano, talvez a Pedra da Tartaruga nem existisse mais. A extração de granito era pesada, causava inclusive mortes em disputa pelo terreno, e ainda hoje as marcas desse tempo triste ainda podem ser vistas. Com a criação do parque, as gananciosas atividades deram lugar à conservação ambiental e visitação turística ordenada, permitindo aos teresopolitanos, visitantes e turistas conhecerem uma região fadada ao abandono e destruição – apesar de uma rica biodiversidade e beleza cênica incomparável. Dessa forma, é preciso trabalhar para que esse local possa ser reconstruído e, no futuro, outras gerações possam desfrutar de tamanha beleza e riqueza natural.

Devido às condições causadas pela longa estiagem e muito vento, as chamas rapidamente destruíram praticamente todo o entorno da montanha símbolo do PNMMT, passaram pela Pedra do Camelo e chegaram até o vale do Arrieiro. Foto: Vitor Cunha PNMMT

Edição 19/09/2024
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