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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Teresa Cristina e o nome de Teresópolis

Morro Queimado, Córrego Seco, Therezapolis… É interessante como se faz a cultura de um país e também como se dão os nomes a fazendas e propriedades, a morros e lugares e até a uma cidade. E já eram tantas naquele país no tempo em que surgiu a nossa cidade em meados dos anos 1850, ainda no século anterior ao passado, o já bem distante “dezenove”.

“Therezopolis mesmo, que tem seu nome em homenagem à imperatriz Theresa Cristina, por pouco não se chama Thereza-polis, como queriam alguns preciosos da língua. Uma letra apenas, substituindo o vigoroso ‘o’ pela primeira vogal do alfabeto e que faria tamanha mudança”, conto em “Viagem ao Passado”, romance literário lançado em julho de 2022, classificado para concorrer ao prêmio Jabuti desse ano, livro em que está reproduzido delicioso texto retirado do jornal “Velho Brasil”, de 1854, um ano ainda distante a criação da nossa freguesia e da determinação no nome do município, em princípio, também chamado Santo Antônio do Paquequer.

“Petrópolis é um nome euphonico: a sua composição é regular; outro tanto não nos parece acontecer com a denominação de Therezopolis. Ainda que fosse Therezapolis, – vade in pace; pois sendo essa cidade consagrada a Augusta Imperatriz dos Brasileiros, devendo equivaler essa palavra a – cidade de Thereza – a terminação masculina dada ao lindo nome de Thereza, completamente o disfigura.

Reconhecemos que Therezapolis não fica bonito; mas então, para que essa affetação grega do polis? Não poderemos chamar a futura cidade Therezina? Para que essa affetação de grego nos nomes das nossas cidades? Será para inculcar que somos grandes hellenistas?

Dirão que isso é indiferente: se a cousa tivesse de ficar entre nós, e de morrer com nosco, ainda bem; poderia passar o Therezopolis; mas um nome de cidade é levado ao longe, e fica para as futuras gerações; ora é melhor que o extrangeiro, que apura essas cousas, que os nossos netos, que não hão de ser tão desattentos a ellas como nós somos, não se riam de nós que para formarmos um nome de cidade dando-lhe a terminação grega, suppuzemos que podíamos desmentindo com a uma excepção a regra geral que faz masculinos os nomes acabados em O e femininos acabados em A. Transformamos em Therezo o doce nome de Thereza.”

Edição 04/05/2024
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